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Ministro argentino rebate declaração de britânico sobre Malvinas

O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, repudiou nesta terça (28) declarações recentes do ministro britânico, Liam Fox, sobre o uso da força para manter o domínio do Reino Unido sobre as Ilhas Malvinas.

Acrescentou ainda que a Argentina não cairá nessa "provocação", ao se referir às declarações do ministro britânico.

Liam Fox declarou em Londres que o Reino Unido mantém seu compromisso de soberania sobre as Ilhas Malvinas, contestada pela Argentina, e disse que seu governo estaria disposto a utilizar a força para defender a posse do território.

Com relação às declarações, o titular argentino afirmou também que elas evidenciam a "falta de justificativas jurídicas, históricas e geográficas da Inglaterra para se instalar no Atlântico Sul e demonstra que o ato só se sustenta na força e a prepotência".

Reiterou que o Estado argentino seguirá reclamando, pela via pacífica, seus direitos soberanos sobre as Malvinas.

"Nós abandonamos definitivamente qualquer possibilidade de recuperação das Ilhas Malvinas pela força, mas o que não vamos abandonar, por mais que os ingleses se ressintam, é a reivindicação dos direitos que nos são devidos pela via diplomática", apontou.

O titular de Defesa da Argentina qualificou a posição britânica de "um desconhecimento ao apelo das Nações Unidas de mais de 40 anos".

Descolonização

Na semana passada, o ministro de Relações de Exteriores da Argentina, Héctor Timerman, reprovou a ausência de representantes do governo britânico à sessão anual do Comitê Especial de Descolonização de Nações Unidas, que ocorreu na última terça (21).

O organismo internacional reiterou na data a necessidade de iniciar negociações entre Argentina e o Reino Unido sobre a disputa de soberania das Ilhas Malvinas.

O apelo integra uma resolução adotada pelo comitê de descolonização da ONU com a aprovação de Bolívia, Chile, Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela.

No texto da resolução está a proposta de que Londres e Buenos Aires retomem negociações para uma solução pacífica, justa e duradoura da controvérsia em relação ai arquipélago, que foi usurpado à Argentina em 1833 pelo Reino Unido.

Redação com informações da Prensa Latina