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Tribunal especial da ONU indicia quatro membros do Hizbollah

O tribunal da ONU que investiga o assassinato do ex-premiê libanês Rafik Hariri emitiu quatro ordens de prisão -duas contra membros do grupo xiita Hizbollah. Seis anos após o crime que mudou o cenário político no Líbano, o procurador-geral do país recebeu os indiciamentos. Ele tem 30 dias para executar as ordens de prisão.

Os quatro acusados são cidadãos libaneses, dois deles membros do Hizbollah, um dos principais partidos e a maior força militar do país. As acusações de envolvimento do Hizbollah no assassinato são motivo permanente de tensão política no país.

O grupo xiita acusa o tribunal da ONU de ser uma conspiração dos EUA e de Israel.

No início do ano, em protesto contra a investigação, o Hizbollah e seus aliados se retiraram do gabinete, derrubando o governo de união chefiado por Saad Hariri, filho do líder assassinado.

Hariri comemorou o anúncio dos indiciamentos. "Depois de muitos anos de paciência e luta, hoje [ontem] testemunhamos um momento histórico na política, justiça e segurança do Líbano."

Najib Mikati, o premiê apontado pelo Hizbollah que formou o novo governo neste mês destacou a importância de que a verdade sobre o atentado contra Hariri seja revelada, mas advertiu que não deixará os indiciamentos desestabilizarem o país.

Fonte: Folha de S.Paulo