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Governo afasta integrantes da cúpula do Ministério dos Transportes

O Ministério dos Transportes comunicou neste sábado (2) o desligamento temporário de quatro servidores citados em reportagem da revista Veja desta semana. Segundo alega a publicação, há um esquema no ministério de pagamento de propina para integrantes do Partido da República – do ministro Alfredo Nascimento –, em troca de contratos de obras.

De acordo com a nota oficial, na próxima segunda-feira (4) será formalizado o afastamento do chefe de gabinete do ministro, Mauro Barbosa da Silva, do assessor do gabinete, Luís Tito Bonvini, do diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, e do diretor-presidente da empresa pública de ferrovias Valec, José Francisco das Neves.

O comunicado do ministério diz que Alfredo Nascimento “rechaça, com veemência, qualquer ilação ou relato de que tenha autorizado, endossado ou sido conivente com a prática de qualquer ato político-partidário envolvendo ações e projetos do Ministério dos Transportes”.

O ministro decidiu instaurar uma sindicância interna para apurar o suposto envolvimento de dirigentes nas alegações mencionadas pela revista. Também foi pedida a participação da Controladoria-Geral da União (CGU).

PR diz que processará revista

O deputado Valdemar Costa Neto, secretário-geral do PR, afirmou em nota que o partido vai entrar na Justiça contra a revista e os jornalistas que escreveram reportagem sobre o suposto esquema.

"A apresentação de acusações apócrifas e a falta de qualquer indício, prova ou documento que ampare as afirmações da revista Veja desta semana exige do PR providências enérgicas", diz Valdemar.

De acordo com Valdemar, as relações de lideranças do partido com o ministério são públicas e transparentes.

"Estas relações, notadamente institucionais, são regulares, decorrem do desempenho das funções de secretário geral da legenda partidária, e dizem respeito ao acompanhamento das demandas por benfeitorias federais de interesse das regiões onde o partido tem representação política", diz o deputado na nota.

Ele afirma ainda que a Executiva Nacional do PR apóia uma investigação sobre o caso para "ficar provada a inocência dos republicanos afastados".

Segundo Valdemar, ninguém está autorizado a discutir qualquer contrato público em nome do partido.

Com informações da Agência Brasil