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DF: Governo diz que não negocia com grevistas da área da saúde

Cerca de mil servidores da área de saúde da capital do país participaram de assembleia na manhã desta segunda-feira (4), em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal (GDF). A intenção foi pressionar o governador do DF, Agnelo Queiroz, para que recebesse uma comissão de representantes dos servidores para negociar o fim da greve. Porém, o governador se negou a negociar com a categoria em greve.

“O governo só vai negociar com o fim da greve, mas é impossível parar a greve sem proposta. Se o governo radicalizar, os servidores vão radicalizar também”, ameaçou Agamenon Torres, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Distrito Federal ( Sindsaúde-DF).

Como governo se negou a receber a comissão, os servidores votaram pela radicalização da greve, a partir de quinta-feira (7), quando os servidores prometem parar as lavanderias dos hospitais, centros de saúde e, principalmente, os prontos-socorros e as divisões de informática, responsáveis pelos portuários dos pacientes. Apenas as unidades de tratamento intensivo não devem ser afetadas.

Pauta

Os servidores entraram em greve há uma semana, depois de recusar a proposta do governo. A categoria, que não inclui médicos e enfermeiros, reivindica aumento de 34% do auxílio-alimentação (de R$ 199 para R$ 304), o repasse imediato do percentual de reajuste do Fundo Constitucional do DF, a implantação do plano de carreira, cargos e salários da categoria, e a oferta de plano de saúde. Os profissionais de saúde pedem também a incorporação aos salários da Gratificação por Apoio Técnico Administrativo (Gata) e a redução da carga horária para 20 horas semanais.

Na última quinta-feira (30), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou que os servidores da saúde retornem ao trabalho. A multa para o descumprimento da decisão é R$ 30 mil por dia. Para não pagar a multa estabelecida pela Justiça, Agamenon Torres disse que ainda não foi notificado, mas que, quando isso ocorrer, vai entrar com recurso contra o pagamento. “Não há decisão da Justiça que resolva o problemas dos servidores da saúde. Multar, cortar ponto, só agrava”, afirmou.

Na assembleia, os grevistas votaram pela expulsão do governador Agnelo Queiroz do sindicato. O governador é médico e filiado ao Sindsaúde.

Fonte: Agência Brasil