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Brasil eliminado nos pênaltis; Venezuela é a grande novidade

A máxima das peladas da garotada brasileira se comprovou mais uma vez: “Quem não faz gol toma”. No caso da partida que eliminou no domingo (17) o Brasil da Copa América perante um Paraguai fechado, os gols tomados foram na disputa de pênaltis depois de um zero a zero no tempo regulamentar e na prorrogação.

Durante os 120 minutos, a seleção canarinho jogou melhor, mostrou alguma evolução ofensiva, criou quase uma dezena de oportunidades de gol, mas a falha na pontaria dos atacantes e a excelente performance do goleiro guarani mantiveram o placar em zero a zero.

Também o meio de campo e a defesa jogaram melhor do que nas partidas anteriores e conseguiram anular as principais jogadas da equipe paraguaia. O goleiro brasileiro Júlio Cesar foi apenas um espectador.

O Brasil exerceu domínio territorial, controlou a posse de bola, promoveu movimentação do ataque e teve em Robinho, que reencontrou seu futebol, Pato e Neymar, que com suas constantes trocas de posição às vezes confundiam a defesa paraguaia, as peças mais importantes na sua estratégia para vazar a defesa adversária. Mas a defesa da “Albiroja” mostrou solidez e o goleiro Villar, melhor jogador em campo, foi uma fortaleza inexpugnável.

A prorrogação foi disputada sem o mesmo ritmo do tempo regulamentar. O Paraguai jogou o tempo complementar ainda mais defensivo e o Brasil tornou-se mais cauteloso, sem querer correr o risco de sofrer um gol que seria fatal.

Infelizmente para o Brasil, o que se revelou fatal foi o surpreendentemente bisonho desempenho na cobrança de pênaltis. Quatro erros em quatro tentativas, sendo que três delas os chutes foram para fora, a longa distância do gol. Como disputa de pênaltis não é loteria, ao contrário do que supõe o senso comum, ficou demonstrado que faltou mais preparo técnico e emocional.

Cerca de uma hora depois da eliminação para o Paraguai, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ricardo Teixeira, mandou um recado através da assessoria de imprensa da entidade, dizendo que "banca" a permanência do técnico Mano Menezes à frente da Seleção Brasileira. A declaração é estapafúrdia e patética. A frustração com a derrota não causou até agora nenhum clamor nacional pela demissão de Mano. O chefete da CBF mais uma vez cultiva a sua imagem de mandão, de patrão e dono da entidade máxima do futebol brasileiro. Na verdade, antes de um “Fora, Mano”, a torcida brasileira precisa fazer um “Fora, Teixeira”, para pôr fim a uma longa era de desmandos e corrupção na CBF.

Outros resultados

Na véspera, depois de uma partida bem disputada em que a Argentina e o Uruguai empataram em 1 a 1, os donos da casa foram eliminados nos pênaltis. Na disputa entre Peru e Colômbia, o Peru levou a melhor, vencendo de 2 a zero na prorrogação.

Venezuela, grande novidade

A maior novidade da Copa América 2011 até agora foi a classificação da Venezuela às semifinais, depois de sofrida, mas merecida e incontestável, vitória sobre o Chile, por 2 a1. Os andinos dominaram a partida durante a maior parte do tempo e perderam muitos gols, mas os bolivarianos foram mais agudos no contra-ataque e precisos nas finalizações. É o melhor desempenho da Venezuela em competições internacionais de futebol profissional.

A primeira semifinal da Copa América será disputada na terça-feira (19) entre o Uruguai e o Peru. Na quarta (20), sairá o segundo finalista, do jogo entre Paraguai e Venezuela.

Da Redação