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Sindicato denuncia falta investimento na educação em Minas Gerais

De acordo com a Constituição Brasileira, o governo federal tem que investir 18% da sua receita total em educação. Para os municípios e estados, o investimento no ensino deve ser de 25% da arrecadação de seus impostos. Porém, em Minas Gerais isto não é cumprido, como denuncia o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE MG).

Segundo a coordenadora geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira, o governo estadual investiu em 2009 apenas 20,15% de sua receita em educação. Este ano – tendo como base os três primeiros meses –, o cenário tende a se repetir, com investimentos na casa dos 14%.

“O que isso evidencia é uma ausência do investimento previsto constitucionalmente. E isso acaba evidenciando uma série de problemas. Por exemplo, faltam 1,5 milhão de vagas em Minas Gerais, no ensino médio e na educação infantil”.

Em Minas Gerais o corte de gastos sociais, como em educação e saúde, faz parte do programa “Choque de Gestão” implementado no governo Aécio Neves (PSDB) e mantido pelo atual governador Antonio Anastasia (PSDB). É o que afirma a coordenadora do Sind-UTE.

“A realidade do que é o “Choque de Gestão” é isso: a diminuição do investimento nas áreas sociais, a diminuição do investimento e da valorização dos profissionais da educação, a diminuição dos investimentos em políticas públicas. Por outro lado, o governo do estado gastou mais de R$ 1 bilhão na construção da Cidade Administrativa [sede do governo estadual]”.

Os trabalhadores da educação de Minas Gerais estão em greve desde o dia 08 de junho. O governo de Anastasia se recusa a negociar com trabalhadores grevistas. A principal pauta é que o governo cumpra a lei do piso salarial nacional da categoria. O salário-base de um professor no estado é R$ 369.

Fonte: Radioagência NP