Delegacia de Atendimento à Mulher comemora 25 anos

No dia 18, foram comemorados, no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), os 25 anos da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) do Rio de Janeiro. O evento contou com a presença da direção da União Brasileira de Mulheres, da presidente do PCdoB-RJ, Ana Rocha, e da secretária de Educação de Nova Iguaçu, Dilceia Quintela, além de autoridades e delegadas de polícia.

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Desde a inauguração da primeira unidade, na Avenida Presidente Vargas, dez delegacias especializadas foram construídas, além da Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM).

A criação da primeira delegacia da mulher no Rio de Janeiro ocorreu em 1986, a partir da luta das mulheres que se organizaram para defender as vitimas de violência, que se sentiam constrangidas em delegacias comuns.

Segundo a encarregada do Projeto da Delegacia de Mulheres, Diva Mucio Teixeira, a violência contra as mulheres aumentava cada vez mais. Só no ano de 1981, 800 homens mataram suas esposas ou companheiras, alegando legítima defesa da honra.

A Deam foi antecedida pelo Cepam (Centro Policial de Atendimento a Mulher), inaugurado em novembro de 1985. O centro era integrado por 15 mulheres, sendo 13 policiais, uma assistente social e uma Defensora Pública.

Mesmo com o Cepam, as mulheres continuaram reivindicando a criação de uma delegacia especial de atendimento à mulher no Rio de Janeiro, o que provocou a inauguração da primeira Deam no ano seguinte.

Na comemoração dos 25 anos da Deam, a secretária estadual da Polícia Civil, Martha Rocha, falou sobre a importância dessa delegacia especializada no Rio de Janeiro, lembrando que ela mesma já foi presidente do Cedim e delegada da Deam e que sua relação com as feministas e o movimento de mulheres foi importante para sua formação.

Martha Rocha informou que, no momento, há diversas delegacias da mulher sendo recuperadas e que foi já lançado o Projeto Deam itinerante, que leva atendimento às mulheres em diversos municípios, além da distribuição de cartilhas que as orientam em caso de violência.