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Diplomata norte-coreano vai aos EUA para discutir questão nuclear

Um diplomata norte-coreano, visto como estrategista importante nas negociações nucleares de seu governo com os Estados Unidos, vai visitar Nova York esta semana para discutir a retomada das discussões que visam resolver a questão nuclear na Península Coreana, segundo afirmou para a mídia americana a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

Hillary afirmou que os EUA convidaram o diplomata – Kim Kye Gwan, o primeiro vice-ministro do Exterior – para "uma reunião exploratória".

Em novembro a Coreia do Norte revelou a inauguração de uma nova usina de enriquecimento de urânio, em escala industrial, o que causou um alvoroço ainda maior no governo americano.

As conversações entre seis países que procuravam resolver o problema nuclear na Península Coreana foram paralisadas em 2009 a partir de sanções e medidas unilaterais tomadas pelos Estados Unidos.

Desde então, os Estados Unidos e o governo títere da Coreia do Sul vêm repetindo ações provocativas contra a República Popular Democrática da Coreia. A mais grave delas foi o disparo de obuses por parte do exército sul-coreano contra o mar territorial da RPDC.

A agressão teve resposta imediata por parte da Coreia do Norte, que fez disparos de artilharia contra a ilha de Yeonpyeong, local onde o exército sul-coreano disparou contra o mar territorial vizinho.

As negociações entre a Coreia do Norte e as outras cinco partes – Coreia do Sul, China, Japão, Rússia e Estados Unidos – sofrem periódicos revezes, principalmente por causa das atitudes tomadas pela adminsitração americana, que se recusa em negociar a presença de tropas que ocupam o sul da Península Coreana, além da recusa em admitir a existência de armas atômicas em suas instalações no país que controla.

"Estamos abertos a negociações com a Coreia do Norte, mas não pretendemos recompensá-la simplesmente por retornar à mesa de negociações", disse Hillary. "Não lhe daremos nada de novo por ações que ela já concordou em empreender. E não temos nenhum desejo de empreender negociações prolongadas que nos conduzam de volta ao lugar onde já estivemos", sinalizando que as atitudes da administração Obama não diferem das anteriores.

O secretário assistente de Estado Kurt Campbell descreveu a reunião com o diplomata norte-coreano como "preliminar" e não necessariamente um passo em direção à retomada das negociações entre seis países sobre a questão nuclear.

A agência de notícias sul-coreana Yonhap divulgou que Kim provavelmente se reunirá com diplomatas dos EUA como Stephen W. Bosworth, o representante especial para a política norte-coreana. Os dois homens já se reuniram em Pyongyang, Coreia do Norte, em 2009.

Com agências