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Rede em defesa da humanidade se reúne em Cuba

O Encontro Internacional em Defesa da Humanidade que se realiza em Cuba, terá nesta sexta-feira (29) a apresentação das principais plataformas de luta e articulação dos movimentos sociais e o papel da Rede de redes no contexto latino-americano.

Iniciada na última quinta-feira, na Casa da Alba, o encontro se encerrará no sábado, quando os participantes aprovarão uma declaração final.

Em sua primeira sessão de trabalho foi feita uma avaliação da situação social e política na região.

Gilberto Rios, membro da Frente da Resistência Hondurenha e integrante da publicaçãoi “Os Nécios”, destacou a resposta popular ao golpe militar de junho de 2009, que constitui um fato inédito para uma sociedade até então muito conservadora, opinou.

Ele reconheceu ao mesmo tempo a liderança que, como nunca antes, a esquerda alcançou nesse país centro-americano.

Marco Valle, especialista em segurança cidadã na Nicarágua, se referiu ao processo revolucionário que vive seu país, onde o governo do presidente Daniel Ortega conseguiu diminuir a pobreza extrema, mediante uns 40 programas de redistribuição da riqueza.

Para ele, os movimentos sociais têm jogado um papel importante na transformação da consciência, apesar das manipulações da oligarquia nacional.

O cenário político adverso em que a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional assumiu o governo foi ressaltado por Carlos Molina, que ofereceu detalhes sobre a violência, fenômeno acentuado pelo narcotráfico, os bandos juvenis e o contrabando de armas.

Questões ligadas à ideologia e o papel dos movimentos populares suscitam confusão no seio da sociedade salvadorenha, disse, marcada pela falta de identificação com muitas das plataformas políticas.

O representante de Puerto Rico, Angel Rodríguez, abordou as consequências que teve para a nação portorriquenha a vigência de um governo anexionista e neoliberal, em um país onde o desemprego ronda a casa dos 17 por cento e a violência aumentou.

Apesar do colonialismo, os portorriquenhos mantêm viva sua cultura autóctone, ao ponto de que muitas comunidades se organizaram para defendê-la, sublinhou.

La Rede Em Defesa da Humanidade surgiu em 2003 como uma demonstração do espírito de resistência e solidariedade de intelectuais mexicanos contra a campanha anticubana.

A Rede agrupa destacados escritores, artistas, acadêmicos, advogados, professores, economistas, religiosos, estudantes e meios de imprensa alternativos.