Rede em defesa da humanidade se reúne em Cuba
O Encontro Internacional em Defesa da Humanidade que se realiza em Cuba, terá nesta sexta-feira (29) a apresentação das principais plataformas de luta e articulação dos movimentos sociais e o papel da Rede de redes no contexto latino-americano.
Publicado 29/07/2011 10:56
Iniciada na última quinta-feira, na Casa da Alba, o encontro se encerrará no sábado, quando os participantes aprovarão uma declaração final.
Em sua primeira sessão de trabalho foi feita uma avaliação da situação social e política na região.
Gilberto Rios, membro da Frente da Resistência Hondurenha e integrante da publicaçãoi “Os Nécios”, destacou a resposta popular ao golpe militar de junho de 2009, que constitui um fato inédito para uma sociedade até então muito conservadora, opinou.
Ele reconheceu ao mesmo tempo a liderança que, como nunca antes, a esquerda alcançou nesse país centro-americano.
Marco Valle, especialista em segurança cidadã na Nicarágua, se referiu ao processo revolucionário que vive seu país, onde o governo do presidente Daniel Ortega conseguiu diminuir a pobreza extrema, mediante uns 40 programas de redistribuição da riqueza.
Para ele, os movimentos sociais têm jogado um papel importante na transformação da consciência, apesar das manipulações da oligarquia nacional.
O cenário político adverso em que a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional assumiu o governo foi ressaltado por Carlos Molina, que ofereceu detalhes sobre a violência, fenômeno acentuado pelo narcotráfico, os bandos juvenis e o contrabando de armas.
Questões ligadas à ideologia e o papel dos movimentos populares suscitam confusão no seio da sociedade salvadorenha, disse, marcada pela falta de identificação com muitas das plataformas políticas.
O representante de Puerto Rico, Angel Rodríguez, abordou as consequências que teve para a nação portorriquenha a vigência de um governo anexionista e neoliberal, em um país onde o desemprego ronda a casa dos 17 por cento e a violência aumentou.
Apesar do colonialismo, os portorriquenhos mantêm viva sua cultura autóctone, ao ponto de que muitas comunidades se organizaram para defendê-la, sublinhou.
La Rede Em Defesa da Humanidade surgiu em 2003 como uma demonstração do espírito de resistência e solidariedade de intelectuais mexicanos contra a campanha anticubana.
A Rede agrupa destacados escritores, artistas, acadêmicos, advogados, professores, economistas, religiosos, estudantes e meios de imprensa alternativos.