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Estudantes e professores chilenos fazem nova mobilização na terça

Os estudantes e professores chilenos seguem mobilizados em defesa de uma educação pública e de qualidade. Os movimentos reafirmaram hoje a convocação de uma greve e uma passeata para esta terça-feira (9), à qual também se incorporarão outros setores sociais.

- Prensa Latina
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O presidente do Colégio de Professores do Chile, Jaime Gajardo, convocou a greve em todos os níveis educacionais, a fim de "impulsionar o movimento pela educação pública e gratuita".

Gajardo também pressionou o governo a permitir que a nova marcha possa iniciar seu percurso na praça Itália e continuar pela central avenida da Alameda, uma das vias emblemáticas da cidade. 

A prefeitura permitiu que a manifestação deste domingo (7), de estudantes secundaristas e associações de pais, fosse realizada pelo centro de Santiago, mas não pela Alameda. O ato  percorreu desde o parque Bustamante, passando por ruas próximas à Alameda, e chegou até o parque Almagro, onde culminou com um ato cultural.

Na quinta-feira passada (4), uma massiva mobilização convocada pelas organizações de estudantes secundaristas e universitários foi impedida com violência por efetivos policiais. Os incidentes terminaram com mais de 800 presos e centenas de feridos, pelo uso de gases lacrimogêneos e carros lançadores de água, segundo fontes oficiais.

Sem recuo

As organizações juvenis estudantis e os professores advertiram em repetidas ocasiões que não desistirão de suas reivindicações, que já duram dois meses, mobilizando protestos, manifestações gigantescas e greves de fome.

O movimento recusou de maneira definitiva uma proposta de 21 pontos apresentada no dia 1º de agosto pelo ministro de educação Felipe Bulnes, em nome do governo. Os mobilizados, que reclamam uma reforma educacional profunda, qualificaram de impreciso e insuficiente o projeto governamental. Termos similares foram utilizados para descrever as medidas anunciadas pelo presidente Sebastián Piñera anteriormente.

Os mobilizados também entregaram propostas concretas ao governo para erradicar a excessiva privatização da educação e melhorar o sistema de ensino.

O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica (FEUC), Giorgio Jackson, em declarações a uma emissora local, expressou que poria seu cargo à disposição do fortalecimento da mesa executiva da Confederação de Estudantes Chilenos (Confecha): "Até agora, a Confecha está exercendo um papel mais de porta-voz, e acreditamos que podemos apoiá-la para que tenha um caráter de mesa executiva", explicou o dirigente juvenil.

Jackson também expressou que os estudantes não entendiam bem quais são as razões do governo para não acolher vários dos pontos que eles demandavam.

Da redação, com Prensa Latina