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Chile: ações estudantis seguem, mas sem violência de terceiros

O movimento estudantil chileno programou para esta sexta (12) uma série de mobilizações por uma educação pública e de qualidade, e anunciou para a quinta-feira próxima (18) uma greve nacional. A presidenta da Federação de Estudantes do Chile (FECH), Camila Vallejo, disse que neste  fim de semana os jovens e seus familiares se reunirão para continuar exigindo uma reestruturação profunda do sistema educativo do país.

O movimento estudantil chileno programou para esta sexta (12) uma série de mobilizações por uma educação pública e de qualidade, e anunciou para a quinta-feira próxima (18) uma greve nacional.

Abertura ao diálogo com Congresso

Na próxima terça-feira (16), definiu Camila, os estudantes realizarão uma jornada de mobilização, e nos dias 24 e 25 marcharão para o Parlamento junto à Central Unitária de Trabalhadores.

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Alunos da carreira de Engenharia Comercial da Universidade Católica trabalharão amanhã (13)  na reconstrução para ajudar a consertar os danos ocasionados por encapuzados nas últimas marchas.

"Lamentamos muitíssimo que agentes externos ao movimento estudantil tenham causado destroços nas ruas e por isso mesmo decidimos assumir consequencias", indicou Germán Reyes, presidente do centro de alunos.

Enquanto isso, até as primeiras horas desta sexta (12), os estudantes secundários e universitários, junto aos professores, protagonizaram uma vigília em frente ao Palácio de la Moneda, em uma mostra ininterrupta de atividades com as quais o movimento estudantil reclama seus direitos.

Em outros pontos da capital e outras cidades do país escutaram-se panelaços em apoio aos jovens.

Reivindicações

Há quase três meses, os estudantes chilenos exigem que o Estado assuma os custos da educação pública.

Também demandam o fim do lucro no setor, menores custos de transporte, a redução das desigualdades nos institutos públicos e o corte das avolumadas dívidas com as quais ficam os universitários ao terminarem a graduação.

As ações estudantis, somadas a outros conflitos do país, como o do povo mapuche, as greves de mineiros, de ambientalistas e os protestos dos prejudicados pelo terremoto e maremoto de 2010 põem em xeque o governo de Sebastián Piñera.

Uma recente investigação do Centro de Estudos Públicos, cujo resultado foi qualificado de lapidário para a atual administração do Chile, revelou que Piñera é o presidente pior avaliado nos últimos 20 anos com apenas 26 por cento de aprovação.

Inclusive, abaixo dos 28 por cento de Eduardo Frei em 1999, após a crise asiática.

Fonte: Prensa Latina