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Emergentes podem sofrer mais com crise desta vez

A possibilidade de um duplo mergulho da economia dos países avançados, que significaria um segundo período de recessão na crise atual, deve afetar o desempenho econômico dos países emergentes. "Isso terá um grande impacto negativo", afirma Michael Spence, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2001. "Acredito que isso é muito mais provável do que há um mês".

Dessa vez, as perspectivas de desempenho para as economias em desenvolvimento não são tão favoráveis quanto na crise de 2008, quando elas se recuperaram rapidamente.

Para Michael Pettis, da Universidade de Pequim, o impacto da última crise financeira foi adiado nos países emergentes por excesso do investimento no mercado interno, o que implica aumento do crédito e do endividamento.

Pettis diz que o ajuste é inevitável e será doloroso. "O boom americano, turbinado pelo endividamento, terminou brutalmente. O mesmo aconteceu na Europa. Infelizmente, é o que vai acontecer com os Brics". Michael Barr, da Universidade de Michigan, e Randall Koszner, da Universidade de Chicago Booth, consideram que o duplo mergulho não é certo, mas reconhecem graves motivos de preocupação.

Fonte: Valor