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Estudantes chilenos manterão demandas

O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica de Chile (FEUC), Giorgio Jackson, advertiu nesta terça (16) que o movimento estudantil não deporá suas demandas. Relembrou que as mobilizações, após três meses, não se vão baixar "se se vai voltar ao estado zero" sem garantias de avanços para as reivindicações.

Para manter um diálogo com o Parlamento é preciso que o Governo dê garantias sobre as demandas do movimento estudantil, disse o dirigente.

Declarou que a solução a muitas solicitações compete exclusivamente ao Executivo, explicou ao diário Cooperativa.

O representante da FEUC afirmou que os secundários também pedem essas mesmas garantias.

As demandas por uma mudança radical na educação chilena é também uma exigência da maior parte da cidadania, sublinhou Jackson.

O movimento estudantil desta nação sul-americana, junto ao Colégio de Professores, familiares e um amplo setor social, exige que o Estado assuma os custos do ensino público.

Também demandam o fim ao avanço com o sistema educativo, menores custos de transporte, a redução das desigualdades nos institutos públicos e cortar as enormes dívidas com as que ficam os universitários ao culminar suas carreiras.

O deputado e chefe de bancada do oficialista Renovação Nacional, Cristián Monckeberg, reconheceu que as taxas de interesse para os créditos universitários são muito altas.

Disse a Cooperativa que são inclusive "mais altas que a taxa de interesse de créditos hipotecários".

Acrescentou que "o pior de tudo é que há uma diferença e uma desigualdade tremenda", respeito dos créditos de universidades tradicionais que têm taxas "mais razoáveis" que as privadas.

O deputado do partido da aliança governamental, disse não obstante, que "pensar em educação grátis" é absolutamente impossível, e se não impossível é muito difícil de conseguir hoje em dia a Chile, e não acho que seja o mais conveniente".

A presidenta da Federação de Estudantes de Chile, Camila Vallejo, afirmou no domingo último, que o presidente, Sebastián Piñera, governa para os empresários, ao referir à atitude do governante ante as demandas estudiantis.

Nesse sentido, ante a falta de uma resposta pelos evidentes interesses econômicos e lucrativos na educação, os estudantes e professores, quem recebem o apoio de 80 por cento da sociedade em suas reclamos propõem a realização de um plebiscito.

Fonte: Prensa Latina