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Estudantes chilenos rejeitam diálogo com o Congresso

A Confech (Confederação de Estudantes do Chile) descartou sua participação em uma mesa de diálogo no Congresso sobre suas reivindicações de educação pública, gratuita e de qualidade e manteve a convocação para uma greve nacional na próxima quinta-feira (18).

"Não nos serve aceitar uma mesa tripartite quando o Executivo não mostrou um apoio diante das demandas que são mais fundamentais neste movimento", afirmou à imprensa a líder estudantil Camila Vallejo na saída de uma assembleia da organização em Concepción, situada 500 quilômetros ao sul de Santiago.

Além disso, a Confech reiterou seu chamado para a greve nacional na próxima quinta-feira e uma nova marcha.

Os presidentes da Câmara de Deputados e do Senado convidaram durante a semana passada os estudantes para uma mesa de diálogo com parlamentares e o governo para destravar o conflito estudantil que há quase três meses paralisou o setor educacional, tanto universitário como de ensino médio.

Os estudantes universitários argumentam que faltou um pronunciamento por parte do governo diante de seus pedidos, o que, ao seu ver, não lhes dá "garantias" de que o diálogo proposto pelo Congresso seja viável.

Os estudantes chilenos exigem que o governo garanta o direito à educação pública, gratuita e de qualidade em nível constitucional, que a gestão das escolas passe dos municípios para o Estado nacional e que seja proibido o lucro das universidades privadas, cujos alunos procedem em sua maioria de regiões vulneráveis, e precisam se endividar muitos anos para estudar.

Com agências