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Protógenes Queiroz: “Eu quero entrar na Líbia. E você?”

O Deputado Federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) está em Túnis, na Tunísia, à espera de uma autorização da Líbia para entrar no país, que há três meses sofre a agressão do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan), cujo objetivo é derrubar o líder Muamar Kadafi e estabelecer um governo fantoche pró-ocidental.

Leia a seguir o que o deputado publicou em sua página eletrônica:

"Estou neste momento em Túnis, capital da Tunísia, de mala e cuia pra entrar na Líbia. A Otan atrapalhou nossos planos ontem bombardeando a rodovia que liga a cidade de Djherba a Trípoli. Esse bombardeio foi exatamente o que permitiu que os rebeldes ocupassem temporariamente a cidade de Zawyiah, a uns 60 km da Capital da Líbia.

Aqui em Túnis, a uns 750 quilômetros de Trípoli, a gente nem sente influência da Guerra. Só ouvimos o barulho das buzinas. E como tunisiano buzina!

O ataque da Otan à rodovia deve ser facilmente identificado com fotos aéreas – mas o espaço aéreo líbio está sob uma “quarentena” da coalizão que se formou ao redor de Kadafi.

Desta forma, fica difícil para uma agência de notícias sacar ao certo como foram impostos os estragos e fica fácil para essa mesma imprensa julgar que essa força rebelde seria capaz de atingir seus objetivos sem o apoio da Otan.

Sem querer usar chavões como “ataque ilegítimo” ou outros do gênero, mas a questão é que a intromissão das forças lideradas por Sarkô e Obama são o mesmo que um exército internacional ajudar a torcida do Brasil de Pelotas a tomar o governo das mãos de Dilma Rousseff.

Ou seja: cada povo não deveria ter seu direito de se autodeterminar?

Não que a torcida do Brasil de Pelotas não possa se reunir e pensar em invadir Brasília…

Cada um, cada um…"

Brizola Neto

Em seu blog, o deputado federal do PDT do Rio de janeiro, Brizola Neto, também faz um relato sobre a viagem.

"Bom, como prometi e como permitirem as condições, vou dando notícias. Estamos retidos em Tunis, em razão do agravamento dos combates na área que separa a Tunísia e a capital líbia, Tripoli.

O governo líbio diz que, neste momento, não tem como oferecer garantias ao nosso deslocamento, sobretudo contra ações aéreas e disparos de longo alcance.

Há informações, não confirmadas, divulgadas pela Agência France Presse, de que ocorreriam negociações sigilosas entre o governo da Líbia e grupos rebeldes na ilha tunisina de Djerba, visando deter os combates.

Assim que tivermos condições de segurança, vamos em frente".

Com informações da página de Protógenes Queiroz e do blog Tijolaço.