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Nossa América faz abaixo-assinado por liberdade dos cinco de Cuba

O comandante da revolução sandinista, Tomás Borges, sugeriu nesta quinta-feira (25), em Manágua (Nicarágua), durante o Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba e pela Liberdade dos Cinco Heróis Cubanos, a coleta de um abaixo-assinado em todo o continente americano pela imediata liberdade dos cinco patriotas cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998 sob a falsa acusação de espionagem.

A ideia, que já está em execução na Nicarágua e Venezuela, é recolher milhões de assinaturas para encaminhar ao presidente estadunidense, Barack Obama. “É preciso furar o tímpano de Obama, que parece surdo ao clamor por justiça neste caso. É hora de superar a fase das declarações formais e da retórica inflamada e fazer algo mais concreto pelos cinco heróis”, enfatizou o comandante.

Presente para Fidel

Na opinião de Borges, “a liberdade para os cinco é o melhor presente que podemos dar a Fidel Castro [que comemora 85 anos] e ao povo cubano”. Ele conclamou o movimento sindical no Brasil, Argentina, bem como em todos os outros países latino-americanos, a assumir a tarefa proposta e iniciar o recolhimento das assinaturas o quanto antes. “Não precisamos nos convencer da justeza desta causa, é fundamental convencer o povo”.

O ato reuniu centenas de pessoas e lotou o auditório 12 da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua. Além de Borges, outras lideranças também falaram sobre o tema, denunciando a prisão dos cinco heróis e a intransigência das autoridades norte-americanas como mais um ato de retaliação e perseguição contra Cuba.

Emoção

Irma Sehwerert, mãe de Renê Gonzales, um dos prisioneiros do império que não pode receber sequer a visita da esposa, não disfarçou a emoção. “Eu tenho de confessar”, declarou, “que há muito tempo não sentia tanta emoção como hoje. Estou há 13 anos nesta batalha, sem trégua, e sinto aqui hoje tanto amor, solidariedade e participação nesta luta”.

Ela também denunciou a “crueldade da mídia” em relação ao caso, seja através da conspiração do silêncio ou aberta cumplicidade com as falsidades difundidas pelos EUA para justificar as prisões.

Esna

O evento contou com a presença maciça dos sindicalistas que participam do 4º Encontro Sindical Nossa América (Esna), cuja abertura ocorre na tarde desta quinta-feira nas dependências da universidade.

Juan Castillo, dirigente da PIT-CNT (central única do Uruguai) e coordenador geral do Esna afirmou que o imperialismo estadunidense “tem um grande problema em ver o povo cubano construindo o socialismo diante do seu nariz. Não pode perdoar a ousadia e por isto persegue Cuba e os revolucionários cubanos por todos os meios. Mas Cuba e os cinco heróis podem estar certos de que contarão conosco na luta pela liberdade, pela soberania e pelo socialismo”.

Colaborou, de Manágua, Umberto Martins