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Oposição caça Kadafi e faz proposta para que entregue o poder

Ao mesmo tempo em que enfrentam bolsões de resistência, os dirigentes da oposição armada líbia, apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), pacto agressivo das potências imperialistas ocidentais, hoje no controle da maior parte da capital, Trípoli, oferecem passagem livre ao líder Muamar Kadafi se ele entregar o poder.

As tropas da Otan, que durante cinco meses massacraram a Líbia com bombardeios aéreos, também estão operando na invasão terrestre.

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Ao mesmo tempo, as lideranças do CNT prometem anistia e uma recompensa de US$ 1,7 milhão a quem capturar Khadafi, vivo ou morto.

Um empresário líbio ofereceu 2 milhões de dinares (a moeda do país), o equivalente a US$ 1,7 milhão e a R$ 2,7 milhões, pela captura de Kadafi. O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT), Abdul Jalil, disse que a iniciativa conta com o apoio dos grupos armados contrários a Kadafi.

Em Bengazi, Jalil disse ainda que o CNT daria a Kadafi livre passagem para deixar a Líbia e encontrar asilo em qualquer país, caso aceitasse deixar o poder. Ele admitiu, porém, que essa possibilidade é remota. "Eu acho que Kadafi prefere morrer ou ser capturado do que entregar o poder."

As forças contrárias a Kadafi não escondem o seu temor. De acordo com seus comandantes, é importante capturar Kadafi para eliminar qualquer possibilidade de que o líder ou seus partidários possam organizar um contra-ataque.

A capital líbia ainda é palco de combates entre os rebeldes e partidários de Kadafi, que lutam em bolsões de resistência. Um médico britânico trabalhando em Trípoli, identificado apenas como Moez, informou que "incontáveis corpos" estão sendo levados aos hospitais da capital. Segundo ele, os corpos de combatentes rebeldes, mortos na luta para tomar o quartel-general de Kadafi nessa quarta-feira (24), estão sendo empilhados.

Tragédia apenas começa

O presidente venezuelano, Hugo Chávez Frías, afirmou na quarta-feira (24) que a tragédia do povo líbio está apenas começando e descartou que tudo termine com a queda do governo de Muamar Kadafi, fazendo referência à entrada das tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na capital líbia, Trípoli.

No Palácio de Miraflores, em Caracas, e ao final de um encontro que manteve com o chanceler russo, Sergey Lavrov, Chávez explicou que os Estados Unidos e as potências imperialistas europeias estão agredindo a Líbia pelo petróleo dessa nação e agregou que essa é a razão pela qual se intensificaram os ataques da Otan contra o povo.

“Destroçaram um país e continuam destroçando-o. O drama da Líbia não termina com a queda do governo de Muamar Kadafi, apenas começa (…) A entrada destas hordas em Trípoli foi em meio a um massacre da população civil, incluindo bairros inteiros. O império e a Otan lançaram a loucura final, o massacre”, disse o líder da revolução bolivariana.

Chávez questionou que este massacre ocorra diante dos olhos do mundo e enfatizou que nada pode justificar tal atropelo “que não é só contra a Líbia mas contra o mundo”.

"Esta é uma guerra de cães, uma estratégia nova do império ianque para levar um país a uma luta intestina e logo destruí-lo e apossar-se desse país. Essa é a operação Líbia, a demolição de um país", sentenciou o mandatário venezuelano.

Chávez também lamentou o papel desempenhado pelos meios de comunicação da direita, que se somaram à campanha de mentiras tecida para ocultar a situação real nesse país africano.

O chefe de Estado venezuelano informou que grupos pró-imperialistas assaltaram a embaixada da Venezuela na Líbia e exigiu que se respeite a vida e a integridade do pessoal venezuelano que trabalha ali.

Da Redação, com agências