Egito nega modificação do tratado de paz de Camp David
O Egito desmentiu as informações divulgadas pela imprensa internacional segundo as quais os Governos egípcio e israelita teriam entrado em acordo com relação à modificação do tratado de paz de Camp David de 1979.
Publicado 28/08/2011 12:46
Uma alta autoridade egípcia, que falou à imprensa sob a condição do anonimato, afirmou que não havia nenhum acordo relativo ao acréscimo da presença do Exército egípcio no Sinai, como havia sido anunciado pela mídia ocidental.
O funcionário egípcio acrescentou que tal acordo só podia ser possível no termo de discussões intensas e minuciosas.
A recente tensão entre o Egito e Israel e uma série de ataques no Sinai contra instalações chaves fizeram com que os dois países concordassem na necessidade de modificar o tratado de paz, que limita a presença do exército egípcio nas proximidades da fronteira com Israel.
O Exército israelense matou recentemente cinco militares egípcios perto da sua fronteira comum, alegando que perseguia os supostos autores de um atentado contra um ônibus em Israel.
O Egito negou que os supostos atacantes tivessem saído do Sinai e pediu desculpas oficiais de Telavive. Israel propôs na quinta-feira (25) realizar um inquérito conjunto com o Egito sobre as mortes dos soldados.
No entanto, Telavive recusou-se a apresentar desculpas pela morte dos militares e apenas lamentou as perdas de vidas humanas egípcias, mas estas lamentações foram rejeitadas pelo Governo egípcio.
Os egípcios continuaram na sexta-feira (26) os protestos de uma semana diante da Embaixada de Israel no Cairo, ameaçando invadir as instalações e exigiram a expulsão do embaixador do Estado hebraico e dos seus colaboradores, assim como a ruptura das relações entre os dois Estados.
Com agências