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ANP propõe período de transição para mudar divisão dos royalties

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) orienta que a mudança na distribuição dos royalties do petróleo entre todos os Estados seja realizada durante um período de transição de 10 anos. Ao fim desse período, os Estados produtores passariam a receber menos que agora e os não-produtores receberiam um pouco mais. A proposta foi apresentada à bancada fluminense durante reunião realizada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Após a reunião na sede da ANP, na semana passada, a deputada Jandira Feghali disse que o objetivo da reunião com a ANP era levantar dados para a bancada fluminense apresentar uma proposta de conciliação sobre os royalties do petróleo.

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Os parlamentares do Rio de janeiro querem apresentar uma proposta conciliatória antes da apreciação do veto, decidido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto, marcada para acontecer no Congresso Nacional no próximo dia 16 de setembro.

O diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, disse que sugeriu aos deputados que solicitassem no Congresso o adiamento da votação para que pudessem ter tempo de se preparar uma proposta conciliatória.

“Estamos trabalhando intensamente para evitar que o veto seja colocado em pauta, o que prejudicaria muito o Rio de Janeiro. Queremos evitar o confronto e conseguir construir um acordo político entre os Estados produtores e os não produtores. Por isso buscamos a instituição que mais entende sobre o assunto para nos ajudar na construção de uma proposta alternativa”, destacou Jandira Feghali.

Acordo X confronto

“O objetivo é fazer uma proposta de acordo que levasse em conta os interesses do conjunto da Nação e dos Estados produtores. Alguém vai ter que perder. Para os Estados não produtores começarem a ganhar, terá uma perda relativa dos produtores”, explicou Lima.

A proposta da ANP é fechar um acordo por um período de transição de dez anos. A agência acertou com os deputados detalhar agora a proposta com diversas simulações para ser entregue aos parlamentares.

O diretor-geral da ANP disse após, o encontro, ter ficado satisfeito pela bancada fluminense ter procurado o órgão regulador, apesar de considerar que está muito próximo da data de a questão ser votada no Congresso. Haroldo Lima disse aos deputados que seria importante que eles levassem uma proposta de acordo e não de confronto.

Apesar de ainda não ter maiores detalhes, pela proposta da ANP no primeiro ano 90% dos recursos seriam mantidos para os Estados que atualmente recebem os royalites. No segundo ano, 80% dos recursos seriam mantidos, ao mesmo tempo que aumentariam em 20% os recursos dos Estados que não ganham. Ao fim de dez anos, haveria, segundo ele, uma situação equilibrada entre todos os Estados.

Fonte: www.sigajandira.com.br