Conflitos e combates no sul aumentam a tensão no Iêmen
Pelo menos sete pessoas morreram nesta segunda-feira (5) na cidade de Jaar, no Iêmen, em um bombardeio aéreo realizado pelas Forças Armadas do país contra supostas posições de oposicionistas islamistas, enquanto atritos entre partidários e oposicionistas multiplicaram a tensão na capital do país, Sanaa.
Publicado 05/09/2011 15:40
Um avião da força aérea iemenita atacou uma mesquita em uma área residencial de Jaar, como parte da ofensiva contra oposicionisas islâmicos, que o governo vincula à Al-Qaida, e que em abril passado tomaram a cidade.
Depois da tomada de Jaar, os extremistas atacaram Zinjíbar, em maio, a capital da província de Abyan, também no sul, bem como outras cidades onde repeliram os frequentes bombardeios de caças nacionais e estadunidenses.
O Ministério iemenita de Defesa informou no domingo que 17 homens da Al-Qaeda supostamente teriam perdido a vida em consequência de uma incursão aérea no sul, ação que seguiu a uma recente emboscada na qual os oposicionistas causaram numerosas baixas aos soldados regulares do país.
Os supostos membros da rede islamista se estabeleceram nessa área do Iêmen aproveitando o clima de instabilidade, conflito político e desordem social resultante dos protestos antigovernamentais que desde janeiro exigem a renúncia de do ditador Ali Abdulá Salé.
A mídia iemenita afirmou que cinco manifestantes opositores foram feridos por homens armados leais ao Governo, que desde o domingo pôs em alerta a suas tropas e unidades blindadas depois de uma explosão em Sanaa.
As vítimas foram baleadas pelos pró-governamentais que agrediram os oposicionistas na Praça da Mudança, em Sanaa, onde foram concentrados nas últimas horas cerca de dois mil soldados e 15 tanques da Guarda Republicana.
Os blindados estão localizados nas principais ruas e estradas da cidade enquanto muitos veículos civis permanecem bloqueados próximo de Sanaa por decisão das autoridades, que tentam restringir a afluência de oposicionistas.
Chefes e demais membros das comunidades étnicas que apoiam o ditador iemenita continuam concentrando-se nas redondezas da capital à espera de ser chamados para entrar e agir contra os opositores, muitos dos quais já se estabeleceram na capital decididos a usar a força.
Salé, que continua hospitalizado na Arábia Saudita recuperando-se de ferimentos sofridos em um atentado em junho, nega-se a renunciar e a aceitar uma iniciativa do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico que apoia sua saída do poder no prazo de um mês.
Com informações da Prensa Latina