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Otan concede entrevista enquanto mantém ataques à Líbia

A Otan continua, nesta segunda (5), seus bombardeios contra as forças leais ao líder líbio Muamar Kadafi, enquanto o secretário-geral desse pacto, Anders Fogh Rasmussen, informa sobre o estado da ofensiva ao país.

De acordo com fontes da Aliança, a aviação atacou vários pontos nas cercanias de Sirte, a cidade natal de Kadafi, e destruiu um estacionamento de veículos militares, quatro lança-foguetes, quatro caixas de mísseis terra-ar e duas artilharias pesadas.

Também foi bombardeado um local que servia como depósito e centro de comando e controle nas proximidades de Sebha, a cerca de 780 quilômetros ao sul de Trípoli, a capital.

Mesmo assim, tribos e tropas militares leais a Kadafi mantiveram a disposição de defender as cidades de Bani Walid e Sirte, depois de recusar ultimato e ameaças de mais ataques das forças rebeldes e da Otan.

O chefe negociador do opositor Conselho Nacional de Transição (CNT), Abdulah Kenshil, reconheceu que os líderes tribais de Bani Walid, a uns 150 quilômetros ao sudeste de Trípoli, recusaram acordar uma rendição e se mostraram dispostos a enfrentar o assalto anunciado.

Uma situação similar ocorreu desde o fim de semana passado em Sirte, cidade natal de Kadafi e em torno da qual os sublevados reforçaram sua presença apoiados por bombardeios indiscriminados da Otan.

Segundo Kenshil, os residentes em Bani Walid só teriam aceitado que os insurgentes entrassem na cidade sem armas, versão que desmentiram outras fontes independentes ao sublinhar a fidelidade a Kadafi da tribo Warfalla, uma das mais influentes da Líbia.

O secretário -geral da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, concederá entrevista coletiva para informar a respeito da situação na Líbia, agredida desde 19 de março.

A conferência de imprensa acontece em meio ao apoio da Aliança à ofensiva do Conselho Nacional de Transição (CNT) nas regiões que ainda constituem bastião do governo líbio e onde os rebeldes acham que Kadafi pode estar. A Otan assegurou que se manterá na nação africana "até ser absolutamente necessário".

Com Prensa Latina