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Strauss-Kahn volta à França com futuro político incerto

O ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn regressou no último domingo (4) à França, enquanto crescem as interrogantes sobre seu futuro político após abandonar o cargo por acusação de agressão sexual e tentativa de estupro em Nova York.

Depois de quase quatro meses de um processo excessivamente mediatizado, DSK, como o chamam na França, deverá repensar suas perspectivas dentro de um Partido Socialista (PS) em plena disputa interna eleitoral para as eleições presidenciais de 2012.

Alguns defendem a volta de Strauss-Kahn e esperam sua candidatura pelo PS e confiam em seus conhecimentos em matéria econômica para estes tempos de crise.

No entanto, apesar de ver-se livre de todos as acusações, outros consideram que durante o processo se revelaram certas fragilidades do ex-diretor do FMI em relação às mulheres, o qual atinge sua reputação e poderia manchar a imagem do PS.

Do lado do partido dirigente União por um Movimento Popular (UMP), exigem que os socialistas esclareçam qual será a participação de DSK no panorama político se vencerem as eleições presidenciais.

O deputado da UMP Sébastien Huyghe declarou em um comunicado que cada um dos aspirantes deverá explicar se pensa eleger DSK como ministro da República.

Strauss-Kahn se destacava como melhor candidato presidencial por seu partido quando foi detido em 14 de maio último em um aeroporto nova-iorquino, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro por uma empregada do hotel Sofitel de Manhattan, onde estava hospedado.

Depois de mais de três meses de investigações sob fiança e prisão domiciliar, o juiz estadunidense Michael Obus aceitou a recomendação da Promotoria de Manhattan de retirar as acusações.

Os magistrados consideraram que a natureza e o número de falsidades expostas pela demandante deixava-os incapazes de dar crédito a sua versão dos fatos.

Com agências