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Abbas nega desacordo com a Jordânia sobre Estado palestino

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, negou neste domingo (11) a existência de desacordos com a Jordânia com relação ao plano de solicitar à ONU o reconhecimento do Estado palestino.

Em uma entrevista ao jornal jordaniano Al-Rai, Abbas elogiou o respaldo do reino hashemita e assinalou que as duas partes têm coordenado sua posição sobre o tema, que continuará impulsionando apesar da objeção de Israel, Estados Unidos e alguns países europeus.

Há duas semanas, o periódico saudita Al-Medina indicou que o rei Abdulah II da Jordânia tinha advertido a Abbas para que reconsiderasse sua posição sobre o assunto que será apresentado na Assembleia Geral da ONU no próximo dia 20 de setembro.

Após consultar-se com uma equipe de advogados internacionais, o rei jordaniano explicou ao presidente da ANP que a declaração de um Estado palestino poderia possivelmente resultar na perda do "direito de volta" dos refugiados palestinos, segundo Al-Medina.

Em virtude disso, Abdulah II lhe teria pedido para sugerir novamente seu plano de levar o assunto à votação na organização mundial. Abbas insistiu em desmentir essas versões pouco antes de reunir-se neste domingo (11) em Ramalah com o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, para discutir a iniciativa palestina.

"Os palestinos continuarão demandando o direito de volta para que milhões de refugiados regressem a seus lares originais dentro de Israel, inclusive depois que a ONU reconhecer a Palestina como um Estado com as fronteiras de 4 de junho de 1967", destacou.

O regime sionista ocupou em 1967 os territórios da Cisjordânia, da Faixa de Gaza e Jerusalém Leste, parte da cidade santa onde os palestinos pretendem instalar a capital de seu futuro Estado.

Abbas também refutou ao diário jordaniano Ad-Dustour a ideia de que com a aceitação do Estado se possa afetar o status da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como "único representante legítimo dos palestinos".

"A OLP representa todos os palestinos, não só os que estão nos territórios ocupados, os quais se estimam em quatro milhões, representa oito milhões de palestinos no mundo", apontou.

Acrescentou que o referido órgão político "continuará funcionando até solucionar todos os temas palestinos, inclusive o dos refugiados", e recordou que a ANP é parte da OLP e não um órgão separado.

Fonte: Prensa Latina