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Maracanã: Tribunal considera greve de operários "ilegal"

A Copa do Mundo de 2014 inicia contagem regressiva com problemas trabalhistas e greves nas obras dos estádios. A mil dias da abertura do evento, operários do Maracanã, no Rio de Janeiro, e do Mineirão, em Belo Horizonte, estão paralisados. O TRT do Rio de Janeiro declarou nesta sexta-feira (16) que a greve dos trabalhadores no Maracanã é "ilegal".

Os trabalhadores realizam a segunda greve no Maracanã, iniciada no dia 1º de setembro. Para o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Rio de Janeiro (SITRAICP), Paulo César Monico, a greve se deve ao não cumprimento, por parte das empreiteiras, dos acordos feitos na primeira paralisação.

“A situação continua ruim, problema de assistência de saúde que foi prometido e não foi cumprido, [pagamentos de] horas extras que não foram aplicados, comida que continua ruim, estragada”.

No entanto, por unanimidade, o Tribunal Regional do Trabalho do Rio (TRT-RJ) julgou "abusiva" e "ilegal" a greve e determinou a volta aos trabalhos na próxima segunda-feira.

No entendimento da relatora do processo, a desembargadora Ângela Soares da Cunha, não foram constatadas as irregularidades denunciadas pelo sindicato.

Segundo a entidade não havia médico no turno da madrugada, havia sujeira nos vestiários e foi fornecida alimentação estragada.

No estádio do Mineirão, essa também é a segunda paralisação. Os operários pedem aumento nos salários, melhorias das condições de trabalho e dos benefícios.

A cidade de Belo Horizonte foi escolhida para o lançamento da contagem regressiva para a Copa, pois as obras do estádio Mineirão são as mais adiantadas. No evento, realizado na sexta-feira (16), a presidenta Dilma Rousseff discursou sobre a importância dos investimentos para o Mundial.

“Continuar investindo pesadamente em obras de infraestrutura é parte da nossa estratégia para garantir que o Brasil mantenha o desenvolvimento em ritmo adequado”.

O orçamento de obras para a Copa está estimado em R$ 23,4 bilhões, segundo o Portal da Transparência. Porém, a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base calcula o valor total em R$ 112 bilhões.

Com informações da Radioagência NP