Candidatos socialistas franceses e ruptura de silêncio de DSK

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn(DSK, como o chamam na França) estará neste domingo(18) em horário nobre do noticiário noturno da cadeia de televisão TF1.

Oportunidade muito esperada para escutar ao homem que parecia capaz de ganhar as eleições do próximo ano; que foi depois convertido em vilão, depois absolvido de todos os cargos e, finalmente, convertido em personagem controverso.

Strauss-Khan foi acusado de agressão sexual e tentativa de violação de uma camareira em um hotel de Nova York em maio. Ainda que em um início foi tratado como delinqüente comum, pouco a pouco recuperou certa credibilidade.

A promotoria e um juiz de Nova York, depois de quatro meses de investigações, concluíram que a figura da camareira perdeu toda legitimidade por mentir em reiteradas ocasiões. Não obstante, ficou no ar que sim houve relação sexual entre os dois.

Enquanto ontem à noite seus companheiros do Partido Socialista (PS) travavam sua primeira batalha em público na televisão, DSK preparava sua reaparição na cena midiática, da qual, na verdade, não esteve ausente.

O debate no canal France2 não deixou a priori nem vencedores nem vencidos. Foi uma aproximação da cidadania aos pontos de vista de Martine Aubry, François Hollande, Ségoléne Royal, Arnaud Montebourg, Manuel Valls e Jean Michel Baylet. Os favoritos, segundo as tão instáveis pesquisas, são Aubry e em particular, Hollande, ambos ex-primeiros secretários do PS, com responsabilidades administrativas em suas respectivas regiões. Royal, derrotada por Nicolás Sarkozy em 2007, perdeu força.

Montebourg e Valls tentam ganhar protagonismo com projeções a longo prazo, mais bem enfocadas nas eleições de 2017, enquanto que Baylet, o "outsider", busca visibilidade de seu Partido Radical de Esquerda (PRG).

O primeiro turno das primárias dos socialistas terá lugar no próximo 9 de outubro.

Fonte: Prensa Latina