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Presidente do México quer regulamentação da indústria de armas

O presidente do México, Felipe Calderón, pediu nesta quarta (21) que a Organização das Nações Unidas (ONU) trabalhe para regulamentar a indústria de armas, como forma de combater a criminalidade.

"O crime, hoje em dia, está matando mais gente e mais jovens do que todos os regimes ditatoriais do mundo neste momento", alertou o mandatário, ao discursar na 66ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Ele afirmou que a única razão pela qual os criminosos têm acesso "irrestrito" a armas pesadas é o lucro "irrefreável" da indústria de armamentos que, "quando há uma guerra civil, vê uma oportunidade de vender mais e mais".

Calderón relacionou os países consumidores de drogas e assinalou que essas nações podem colaborar para "reduzir os lucros desse mercado negro".

O presidente mexicano também deu destaque em seu discurso à alta das commodities, ao combate à pobreza e a uma reforma nas Nações Unidas, principalmente do Conselho de Segurança (CS) do organismo.

Ele responsabilizou a especulação financeira pelo crescimento constante dos preços dos alimentos no mundo e, consequentemente, pelo aumento da fome.

O México teme ser afetado no futuro com a alta das commodities, uma vez que, segundo previsões, daqui 30 anos, o abastecimento de alimentos no país dependerá em 80% das importações.

Calderón também tratou do possível pedido da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de inclusão como um Estado-membro da ONU, e defendeu que a entidade tem a "responsabilidade de contribuir" com uma solução "negociada" para a criação do Estado palestino, desde que seja "politicamente viável".

"Nenhuma solução pode ser encontrada se uma das partes, de forma implícita ou explícita, quer a eliminação da outra parte", acrescentou.

Fonte: Ansa