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Após 120 dias, termina greve nas universidades federais

Após 120 dias de greve, a maioria dos técnico-administrativos em educação das universidades brasileiras, categoria que congrega mais de 170 mil trabalhadores, decidiu sair da greve iniciada em 6 de junho passado, desde a última segunda-feira (26).

- Fasubra

A decisão ocorreu após inúmeras tentativas de incluir no Orçamento da União, para 2012, recursos que contemplassem as reivindicações da Campanha Salarial iniciada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical).

Em mais de três meses de suspensão das atividades, a categoria realizou passeatas, acampamento e dezenas de atos públicos em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao Ministério da Educação, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto, sem que o governo apresentasse uma contraproposta positiva aos anseios da categoria, que tinha como ponto da pauta o incremento salarial.

Menor piso

Também foram realizadas reuniões com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, solicitada pela Fasubra a intermediação junto ao MPOG de deputados federais, como Alice Portugal, Jô Moraes, Fátima Bezerra e Arthur Bruno, bem como das centrais sindicais CSP-Conlutas, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Intersindical, e até mesmo da Presidência da República. Mas essas ações foram insuficientes para sensibilizar o governo a aceitar o pleito dos trabalhadores das universidades brasileiras, que possuem o menor piso salarial do serviço público na esfera federal (R$ 1.034).

Mesmo com a posição do governo, que diversas vezes salientou que não negociaria com “as entidades em greve”, a resistência permaneceu no seio da categoria cujo movimento chegou a ser judicializado (criminalizado) através da ação movida pela Advocacia Geral da União perante o Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu a legitimidade da greve ao decidir que 50% dos serviços deveriam ser mantidos nas universidades, contra os 70% solicitados pela AGU àquela corte. A decisão do tribunal foi plenamente acatada pela categoria até o final do movimento.

Fonte: CTB