Apesar da expectativa do governo, correios continuam em greve
Após mais de seis horas de reunião com a diretoria dos Correios, os trabalhadores da estatal decidiram continuar a greve iniciada há duas semanas. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, chegaram a declarar a expectativa de que o movimento se encerrasse nesta quinta, mas ainda não há novidades sobre o impasse.
Publicado 29/09/2011 15:10

Os carteiros reivindicam reajuste de no Piso salarial e recomposição das perdas, além da convocação dos aprovados no último concurso.
Por conta da negociação, os trabalhadores dos Correios, em greve há 16 dias, ocuparam nesta quinta-feira (29) a entrada e a garagem do edifício-sede da empresa, no Setor Bancário Norte, em Brasília. O presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, Rodrigo Brito, esteve no local e incentivou a unificação da luta das duas categorias. Os bancários estão em greve em todo o país desde terça (27). Ele também defendeu a unidade das classes trabalhadoras, argumentando que qualquer categoria que for derrotada influenciará no resultado da luta de outra, em relação às reivindicações das datas-bases.
Impasse
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) decidiu pagar abono de R$ 500 e aumento de R$ 80 a partir de janeiro em substituição à proposta inicial que previa abono de R$ 800 e uma parcela fixa de aumento no salário de R$ 50. No entanto, o impasse permanece em torno do corte de ponto, do qual a estatal não abre mão. Os trabalhadores, por outro lado, não aceitam tal medida e os sindicatos reagem com medidas judiciais. "Lamentamos eles terem tomado a iniciativa de ir para a Justiça. Não descontar (os dias parados) não tem condição", afirmou o presidente dos Correios.
Antes do início da reunião, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, disseram estar confiantes de que a greve acabasse ainda nesta quinta-feira (29), como resultado da negociação.
O Sintect do Distrito Federal comprou 800 marmitas para o almoço de hoje dos grevistas, que são, na maior parte, do Distrito Federal, de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Para aumentar a pressão sobre a estatal, a categoria pretende trazer a Brasília, na próxima terça-feira (4), 5 mil manifestantes.
Da redação, com agências