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Piñera diz que chilenos eram 'mais compreensivos' com antecessores

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse nesta sexta-feira (14) que nos governos opositores a população era mais "compreensiva". Frente a uma popularidade de 30%, Piñera — que já chegou a atingir a menor aprovação de um presidente do país desde a redemocratização do Chile — afirmou que não é "medida de ouro para caber bem a todos".

"A nós a população não nos perdoa nem uma. Antes [referindo-se aos governos da Concertação] tinham muito mais capacidade de compreensão e perdão", disse o presidente, afirmando ter notado um endurecimento na avaliação com relação ao governo.

Ele indicou ainda que "cada presidente tem sua personalidade, seu caráter, sua marca. Quando me apresentei como candidato à Presidência nunca ocultei quais eram minhas fortalezas nem tampouco minhas debilidades". Para ele, o que mais importa "é que não percamos o sentido de que aqui temos uma missão que cumprir". "Na Presidência, encontra-se cara a cara com a solidão", acrescentou.

Em entrevista com a revista Cosas, o chefe do Executivo também tratou de conversas com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e com o presidente francês, Nicolás Sarkozy. "Me contavam que vivem um quadro muito parecido ao que se está vivendo no Chile", relatou.

Os estudantes chilenos já estão há cerca de seis meses protestando por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos e, desde o início das manifestações, a popularidade de Piñera tem caído vertiginosamente.

A repressão policial contra os protestos, aos quais também se juntaram servidores públicos e outros trabalhadores, também tem feito o índice de aprovação do presidente cair nos últimos meses.

Fonte: Ansa