Irã demanda ações legais contra EUA por injúrias
Deputados do parlamento do Irã (Majlis) pediram neste domingo (16) à chancelaria empreender ações legais contra os Estados Unidos pelas alegações sobre um suposto complô de assassinato, enquanto lamentaram declarações "inamistosas" de Arábia Saudita.
Publicado 16/10/2011 18:51
O chefe da comissão legislativa sobre Segurança Nacional e Política Exterior, Alaeddin Boroujerdi, assinalou que as acusações do Departamento de Justiça estadunidense são um "palco de invenções ridículo".
A assembléia legislativa persa uniu-se às vozes que recusaram a asseveração norte-americana de que a República Islâmica fez um complô para assassinar ao embaixador saudita em Washington, Adel el-Jubeir, mediante um cartel de drogas mexicano.
A eventual demanda legal contra a Casa Branca seria para frear a crescente campanha propagandística contra o Irã, destinada a danificar seus laços com seus vizinhos árabes, em particular o reino wahabita, precisou o parlamentar.
"Os Estados Unidos fizeram todo o possível para estimular a iranofobia desde o início do triunfo da revolução islâmica, em 1979, mas os acordos políticos e de segurança entre o Irã e seus vizinhos provaram que Teerã busca a paz e a segurança regionais", acrescentou.
Boroujerdi expressou preocupação que a Arabia Saudita "esteja caindo na armadilha fabricada pela administração estadunidense e dando sinais positivos à pressão da Casa Branca".
"O Irã tem sido vítima do terrorismo e o terror não tem lugar na política da República Islâmica, o mundo inteiro, incluídos os sauditas e norte-americanos, sabe isso muito bem, remarcou.
O líder supremo do Irã, ayatolah Alí Khamenei, refutou na última quinta-feira em duros termos a manobra estadunidense, e hoje voltou a advertir que "qualquer movimento destrutivo ou complô dos inimigos deste país encontrarão uma "aplastante resposta".
A sua vez, a chancelaria iraniana responsabilizou o governo de Barack Obama pela escalada de tensões e a violação da segurança internacional ao lançar alegações sem fundamento e sem mostrar nenhuma prova contundente e fiável.
Um comunicado do Ministério de Relações Exteriores considerou carente de validade legal basear uma acusação no depoimento de um cidadão iraniano que vive nos Estados Unidos há 16 anos e tem laços com o cartel mexicano dos Zetas.
Por outro lado, o porta-voz da chancelaria, Ramin Mehmanparast, criticou hoje as declarações "inamistosas e sem valor" do ministro saudita de Relações Exteriores, príncipe Saud el-Faisal, a partir de critérios "infundados" de Washington contra Teerã.
Fonte: Prensa Latina