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Chile: Estudantes entregam plebiscito e iniciam nova paralisação

Representantes dos professores e estudantes chilenos entregarão, nesta terça-feira (18), ao governo de Sebastián Piñera, os resultados finais do plebiscito realizado nos dias 7 e 8 de outubro, onde mais de 90% do eleitorado rechaçam a educação de mercado.

A cerimônia vai ocorrer no Palácio La Moneda e será realizada pelo Sindicato de Professores e outros representantes da Mesa Social por Educação, promotora do referendo no qual participaram mais de 1,5 milhão de chilenos residentes no país e em outras 25 nações.

Na segunda (17), milhares de estudantes voltaram às ruas para protestar por uma educação pública, gratuita e de qualidade no início de uma nova paralisação de 48 horas, que contará esta vez com o apoio de 70 organizações, entre elas a Central Única de Trabalhadores (CUT), a maior central sindical do país.

A mobilização é a primeira desde que se rompeu a mesa de negociação entre estudantes e o governo de Piñera, no final de setembro. As negociações permanecem paralisadas.

O plebiscito

Segundo os últimos dados divulgados para a imprensa, examinados 91,5% dos votos, mais de 90% dos votantes escolheram um sistema de educação pública e gratuita, garantido pelo Estado.

Também mais de 90% concordaram com a ideia de incorporar o plebiscito vinculante como método de solução de grandes problemas nacionais.

No entanto, 89% se mostraram partidários da desmunicipalização do ensino básico e médio, repassando-a para o Ministério da Educação de forma desconcentrada e autônoma e 87% exigiram colocar fim ao lucro em todos os níveis de ensino.

Terminada a consulta popular, o presidente do Sindicato de Professores, Jaime Gajardo, destacou a resposta dos cidadãos à convocatória, sobretudo na capital e nas regiões dos Lagos, Valparaíso, Bío Bío, Tarapacá e Magallanes.

Significou assim mesmo a participação das comunidades de chilenos em outros países, muitos dos quais exerceram o sufrágio online.

A entrega dos dados do plebiscito ao Executivo acontece no contexto de uma jornada nacional de mobilizações sociais em defesa de mudanças estruturais no modelo educacional, e que incluirá nesta terça (18) e quarta (19) oficinas de reflexão em centros de trabalho e comunidades, panelaço e marchas, entre outras iniciativas.

Com informações de Telesur e Prensa Latina