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Justiça nega pedido da Infraero para impedir greve

A Justiça do Trabalho do Distrito Federal não acatou o pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU), em nome da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que pediu para que, durante a greve dos trabalhadores, iniciada hoje (20), pelo menos 90% dos aeroportuários continuassem a trabalhar nos terminais de Viracopos (SP), Guarulhos (SP) e Brasília (DF).

A juíza Patrícia Birchal Becattini afirmou, na decisão, que ficou claro que: "a pretensão dos autores é nitidamente restringir o exercício do direito constitucional de greve dos aeroviários”.

Com efeito, se o pedido da AGU for atendido o direito de greve, tão caro à classe trabalhadora, irá para o espaço. Afinal, com 90% dos trabalhadores impedidos de participar da paralisação não se pode falar em greve. Em outras palavras, a greve estará proibida.

Cerca de 3 mil aeroportuários decidiram promover uma greve de 48h a partir da meia-noite desta quinta-feira para protestar contra o modelo de privatização determinado pelo governo federal. Apoiada pelo conjunto do movimento sindical brasileiro, a categoria quer preservar o caráter público da atividade e barrar o caminho de uma retomada do processo de privatização levado a cabo pelo governo neoliberal de FHC, que enfraqueceu o Estado nacional e foi repudiada pela maioria dos brasileiros, sendo uma das principais razões para as derrotas do PSDB nas últimas eleições e avanço das forças progressistas.

Com a decisão, a 11ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) extingue o processo que tentava dar fim à paralisação.

Fonte: Agência Brasil