Após 2 meses, governo boliviano chega a acordo com indígenas
O presidente boliviano, Evo Morales, e os indígenas que protestam há meses contra a construção da estrada que ligaria a cidade de San Ignácio de Moxos a Villa Tunari, em Cochabamba, chegaram, neste domingo (23), a um acordo sobre 16 pontos das demandas apresentadas pelos manifestantes, em uma mesa de diálogo que durou mais de 16 horas.
Publicado 24/10/2011 09:10

Na sexta-feira (21), o governo já havia anunciado que a estrada não atravessará o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), principal exigência dos manifestantes. Entre as reivindicações estão também a interrupção das operações de hidrocarbonetos de Aguaragüe e de algumas estradas entre La Paz e Beni.
De acordo com a Agência Boliviana de Informações, o ministro de Comunicação, Iván Canelas, declarou que "foram resolvidos os 16 pontos das reivindicações da lista de exigências da 8ª marcha dos povos indígenas do oriente". Disse ainda que os acordos foram firmados em uma “reunião cordial e dinâmica”.
Disse também esperar que a Assembleia Legislativa Plurinacional aprove as observações enviadas à Assembleia Legislativa por Morales para que seja promulgada a lei junto aos dirigentes indígenas já nesta segunda-feira (24). O Legislativo convocou deputados e senadores para uma seção que será realizada a partir das 17h (horário de Brasília).
O presidente das comunidades indígenas do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis), Fernando Vargas, qualificou o trabalho com o presidente como frutífero e reiterou que vigília dos manifestantes prosseguirá na Praça Murillo até que a lei sobre o Tipnis seja promulgada com a aprovação do órgão Legislativo.
Com informações da ABI