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Chile: Motoristas convocam paralisação por tempo indefinido

Em rechaço às medidas trabalhistas e salariais, sindicatos de trabalhadores de transporte em Santiago, capital do Chile, iniciaram nesta segunda-feira (24) uma greve indefinida. A paralisação afeta mais de dois milhões de cidadãos.

Os usuários das vias que transitam pelos municípios de Renca, Recoleta, Independencia, Huechuraba, Conchalí e Quilicura, regiões localizadas ao norte da cidade, se encontram entre os mais afetados.

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Segundo os meios de comunicação locais, o presidente da agrupação sindical na zona norte da capital, Oscar Espinoza, denunciou que os motoristas de ônibus foram prejudicados por interesses empresariais. Ressaltou que 900 grevistas participam do protesto.

Comentou que o problema com as empresas começou pelas mudanças de operadores, acompanhadas de demissões de líderes sindicais, diminuição salarial e marginalização de trabalhadores com mais de 60 anos de idade.

O sindicalista detalhou que pertenciam à empresa Buses Gran Santiago, cedida pelo governo à companhia Carbus e a nova administração decidiu rebaixar os salários em mais de 30% sem respeito algum aos contratos trabalhistas estabelecidos.

Para o ministro de Transportes do Chile, Pedro Pablo Errázuriz, a greve convocada pelos sindicatos é apenas uma montagem de alguns líderes.

"Alguns têm causando dificuldades aos usuários e, sobretudo, aos trabalhadores de Transantiago", disse o funcionário logo após anunciar que as autoridades tomarão ações legais. "As ações de vandalismo têm consequências e nós vamos nos encarregar de que assim seja", pontuou.

Frente a estas declarações, Oscar Espinoza esclareceu que há três meses o governo está sendo convidado para iniciar mesas de trabalho com o objetivo de analisar as irregularidades que afetam o setor. "O governo tem feito ouvidos surdos às reclamações e elas não foram atendidas".

Fonte: Telesur