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Restos de vítima da ditadura uruguaia passarão por teste de DNA

Amostras de DNA serão recolhidas nesta segunda (24) de restos mortais de um desaparecido durante a ditadura militar uruguaia (1973-1985) que foi encontrado na última sexta-feira (21) em um quartel da cidade de Toledo.

O material genético da vítima será comparado a amostras de familiares de desaparecidos, informou o secretário da Presidência, Alberto Breccia.

O primeiro teste deve ser feito com Macarena Gelman, filha de María Claudia García, nora do poeta argentino Juan Gelman, que foi assassinada em Montevidéu no final dos anos 1970 e cujos restos são procurados.

Indícios, no entanto, apontam que o corpo pertença a um homem devido ao tamanho de seu fêmur e às características de um par de sapatos e das roupas de inverno encontradas com a ossatura.

Este é o terceiro corpo encontrado desde 2005 por uma equipe de antropólogos que procura os corpos de pessoas que foram assassinadas por militares durante o regime militar uruguaio.

Durante a primeira etapa da busca, que foi baseada em informações fornecidas pelos militares, foram encontrados os restos de dois militantes comunistas, o professor Fernando Miranda e o metalúrgico Ubagesner Chávez Sosa. Os últimos trabalhos, finalizados em dezembro de 2009, não tiveram êxito.

Organizações de defesa dos direitos humanos estimam que cerca de 200 pessoas desapareceram durante a ditadura, a maioria sequestrada na Argentina, por causa do Plano Condor, que coordenou a repressão nos regimes militares do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) nos anos 1970 e 1980.

Fonte: Ansa