União Europeia chega a acordo para dar mais dinheiro aos bancos

"Chegamos a um acordo sobre um plano para recapitalizar os bancos europeus", disse Tusk durante uma entrevista coletiva, na qual ele afirmou também que será exigido dos bancos um capital próprio de qualidade de 9%, como vinha sendo cogitado.

Tusk disse ainda que não pode dar uma cifra sobre o capital total que será preciso injetar nos bancos europeus, já que isso dependerá do perdão da dívida grega que eles estão dispostos a aceitar.

O esforço para salvar os bancos, que cometeram todo tipo de imprudência e especulação imaginável antes da eclosão da crise, não é novidade. Na verdade, é mais do mesmo que os governos vêm fazendo pelo menos desde 2008, enquanto deixam os trabalhadores à mercê do desemprego e cobram do povo mais sacrifícios para financiar os custos fiscais decorrentes desta opção. Não é de estranhar a revolta que se vê nas ruas europeias, de Londres a Atenas, passando por Roma, Paris, Lisboa e Madri, entre outras capitais.

Decadência

A decadência econômica da Europa transparece no constrangido reconhecimento da necessidade de recorrer às reservas da China (que somam cerca de US$ 3,2 trilhões) para fazer frente à crise da dívida.

Uma fonte do governo da França informou nesta quarta-feira (26) que o país apoia a participação da China em um plano europeu para resgatar a Eurozona da crise.

"A França é favorável a essa participação e (o presidente francês Nicolas) Sarkozy irá telefonar ao (chefe de Estado chinês) Hu Jintao", disse a fonte. Ocorre que a China não está disposta a ajudar o Velho Continente de graça. Cobra, entre outras coisas, o reconhecimento do país como uma economia de mercado e o fim das restrições a importações chinesas de produtos de alta tecnologia.

Com agências