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Aldo quer ingresso popular para índio e membro do Bolsa Família

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta terça (8) que o governo federal propôs à Fifa a criação de uma cota social de ingressos na Copa de 2014. Além dos índios, a camada mais pobre da população, beneficiada pelo Programa Bolsa Família, teria acesso a entradas a preços mais favoráveis.

A informação foi dada após almoço com o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, na casa do presidente Câmara, Marco Maia. Questionado sobre como a cota social seria atendida, o ministro respondeu: "É um problema dele (Valcke). Eu apresentei uma demanda. Ele apresente uma solução".

Rebelo disse que os pontos discutidos com a Fifa serão agora negociados com a Câmara para mudanças no projeto da Lei Geral da Copa. "Diferenças haverá, mas temos a tarefa de respeitá-las", disse o ministro do Esporte.

Preços populares

Mais cedo, durante reunião da comissão especial que analisa a Lei Geral da Copa, Valcke anunciou a criação de uma categoria especial de ingressos mais baratos, chamada de categoria 4. Segundo Valcke, os ingressos desta categoria seriam vendidos por cerca de US$ 25 (cerca de R$ 44, na cotação desta terça) a idosos, estudantes e pessoas de baixa renda. De acordo com Valcke, esta categoria deve abranger 10% do total dos ingressos da Copa.

Caso o pedido de Aldo Rebelo seja atendido, indígenas e beneficiários do Bolsa Família também poderiam ter direito a adquirir ingressos da categoria 4. "Há partes de população, como as atendidas pelo Bolsa Família, que deveriam ter acesso a esses ingressos", disse.

Contrária à cobrança da meia-entrada nos jogos da Copa, a Fifa anunciou a categoria 4 como forma de impedir a cobrança de ingressos pela metade do preço. Segundo Aldo, a questão da meia-entrada não é um "problema incontornável".

Investigação

Valcke foi questionado sobre a investigação contra Ricardo Teixeira por supostas irregularidades na CBF e a sua permanência no cargo. Na semana passada, Teixeira prestou depoimento à Polícia Federal (PF).

"O Brasil é uma democracia. O fato de uma pessoa ser investigada não quer dizer que seja culpada e tenha que deixar a instituição. Por que o Ricardo Teixeira sob investigação precisa ser afastado?", questionou Valcke.

Com agências