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SP: movimento por moradia resiste em prédios ocupados

Cerca de 3 mil pessoas ocuparam prédios abandonados da capital paulista na madrugada de segunda-feira (7) para pressionar por uma ampla política de moradia. O poder público, por sua vez, recorre novamente ao uso da força ao pedir a reintegração de posse de um dos edifícios, o antigo hotel Cineasta, na Avenida São João, centro de São Paulo, prevista para as próximas horas, com presença da Polícia Militar.

A Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) apoia as ocupações, encabeçadas pela Frente de Luta por Moradia (FLM) e pela Central dos Movimentos Populares (CMP). Segundo o movimento, os militantes não deixarão os prédios ocupados.

“É uma ação legítima. Muitas famílias ficaram de fora dos programas sociais. Uma das ocupações é um prédio inacabado de 25 unidades habitacionais, na rua do Carmo, próximo da Praça da Sé, que a Cohab já entregou para uma igreja católica próxima ao local”, explicou ao Vermelho Nilda Neves, do Movimento pelo Direito à Moradia, filiada à Conam.

O prédio da Avenida São João está ocupado por cerca de 300 pessoas. Até o final da tarde, a Polícia Militar não havia sido acionada para a ação de reintegração. A informação de que a desocupação forçada dos militantes do movimento de moradia seria hoje é da diretora administrativa da Cohab, Eucina Ravelli. O prédio é da prefeitura, que afirma que irá construir uma moradia para artistas de baixa renda.

A liminar de reintegração de posse foi concedida pela Justiça ainda ontem, pela juíza Maria Rita Rebello Pinho Dias, da 30ª Vara Cível do Fórum João Mendes.

Representantes do município estiveram nos locais ocupados e se comprometeram a encaminhar as queixas das famílias aos órgãos competentes. Os prédios onde a mobilização aconteceu ficam também nas avenidas Rio Branco e Ipiranga, e nas ruas Vitória, Conselheiro Nébias, Dr. Carlos Guimarães e Tabatinguera.

Da Redação do Vermelho, com agências