Debate da FMG na UFF destaca pensamento de Nelson Werneck Sodré

No dia 17, ocorreu o seminário “Nelson Werneck Sodré – Centenário de um pensamento de Brasil”, no auditório do ICHF – UFF, Campus de Gragoatá em Niterói. O evento foi realizado pela parceria entre a Fundação Maurício Grabois e o Laboratório de Pesquisa em História Econômica da UFF, o Pólis.

A Professora do Mestrado em História da Universo, Marli Viana, lembrou da relação pessoal com Werneck Sodré – “Estava eu sentada sobre uma mesa, e ele me explicando o que era o movimento da Nova História. Pensei na época, como ele poderia me convidar para trabalhar com pesquisa, se nós faríamos a revolução a qualquer momento? – deve ter me achado muito inocente!”, brincou a Historiadora.

O jornalista José Carlos Ruy, membro da Fundação Maurício Grabois, destacou o pensamento “não fossilizado” do marxista Nelson Werneck Sodré, lembrando ainda o seu relevante papel para entender a cultura brasileira, e demais contribuições como “História da Imprensa” e “o que se deve ler para compreender o Brasil”.

O papel do militante, que era visto com desconfiança por ser militar, e do militar que era perseguido por ser militante comunista, foi trazido pelo Historiador César Honorato da UFF. Segundo ele, “quem considerava que o pensamento de Nelson Werneck Sodré estava submetido às diretrizes do partido comunista, desconhece a história do Partido Comunista, e a obra de Nelson Werneck Sodré, pois não enxerga o quanto este intelectual influenciou a própria política do PCB”.

O debate contou com uma calorosa participação do público presente, que queria saber mais sobre a importância do pensador carioca na formação de toda uma geração de historiadores. Marcou também o inicio de uma importante parceria da FMG com um importante setor do pensamento acadêmico do Rio de Janeiro

Por Ricardo Moreno