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Trabalhadores de obras da Copa querem isonomia salarial

Os sindicatos dos trabalhadores da construção civil contratados para as construções dos estádios e obras relacionadas à Copa do Mundo 2014 e aos Jogos Olímpicos vão apresentar até o início de dezembro carta com as reivindicações da categoria para as entidades sindicais patronais, Ministério do Trabalho e Secretaria-Geral da Presidência da República.

Os sindicalistas reuniram-se entre estas quinta-feira (17) e sexta (18), em São Paulo, com Edson Bernardes, vice-presidente do comitê latino-americano da Federação Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) e discutiram os problemas e as possíveis soluções para melhorar as condições de trabalho. Já houve pelo menos 12 greves nas obras dos estádios em 2011.

Para Bernardes, o principal problema é a diferença salarial entre as regiões, seguido da falta de segurança no trabalho. Segundo ele, alguns sindicatos já atendem algumas das reivindicações. "Pegamos conquistas já praticadas em algumas bases e estamos tentando unificar entre todos. A empresa que constrói em São Paulo, também constrói no Rio de Janeiro, e a diferença são os valores dos salários, já que o investimento nas obras é equivalente", destaca.

Crescimento do setor

De acordo com Bernardes, as obras relativas aos grandes eventos esportivos são uma oportunidade para se avançar nas conquistas da categoria. "Queremos negociar com os sindicatos patronais e entregar as obras nos prazos, mas estamos dispostos a fazer uma greve unificada se não formos atendidos", afirmou.

Um dos pedidos dos sindicatos será que os trabalhadores ganhem um ingresso para assistir um dos jogos no estádio que tenham ajudado a construir. Na África do Sul, esse direito foi conquistado, segundo a ICM.

Principais reivindicações

– Pisos salariais unificados
– Cesta básica de R$ 300
– PLR de 2 salários-base
– Plano de saúde extensivo a familiares
– Hora extra de 80% de segunda a sexta, 100% aos sábados e 150% aos domingos e feriados
– Garantia de organização no local de trabalho
– Adicional noturno de 50%
– Folga familiar de 5 dias úteis a cada 60 dias trabalhados
– Implantação de melhores condições de saúde e trabalho nas frentes de serviço
– Contrato de experiência de 30 dias

Fonte: Rede Brasil Atual