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Ibama multa Chevron e aponta evidências de acidente, não de dolo

O Ibama aplicou uma multa de R$ 50 milhões à Chevron por causa do vazamento de óleo do campo de Frade, na bacia de Campos. A cifra é a máxima prevista para penalidades administrativas aplicadas pelo órgão ambiental.

A multa se refere à poluição causada pelo petróleo derramado no mar. Segundo o presidente do Ibama, Curt Trennepohl, a petroleira pode ser multada ainda em mais R$ 10 milhões, caso seja constatado que houve falha no plano de emergência para conter o vazamento. Por outro lado, Trennepohl afirmou que até agora não "há indícios" sobre um eventual "dolo" da companhia no caso. Ou seja, o vazamento não foi intencional e se trataria, de fato, de um acidente.

Segundo o presidente do Ibama, o volume de óleo que vazou foi estimado inicialmente em 2,3 mil barris, mas novas avaliações estão sendo feitas. O Ibama, diz, pode ainda acionar a companhia na Justiça com uma ação civil pública. "Mas, para isso, precisamos dimensionar melhor o tamanho do vazamento."

ANP mostra redução de vazamento em vídeo

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta segunda (21) em São Paulo que o governo aguarda um relatório sobre os impactos do vazamento de petróleo no campo de Frade, na bacia de Campos, controlado pela norte-americana Chevron. "Só com o relatório da ANP teremos condições de saber o volume de óleo que vazou", disse Lobão ao deixar um seminário sobre energia.

O ministro reconheceu que o governo ainda não tem detalhes sobre as dimensões do acidente e negou que tenha sido lento ao agir no caso.

Lobão afirmou ainda que técnicos da ANP (Agência Nacional do Petróleo) foram enviados à plataforma para acompanhar de perto as ações da Chevron. Um vídeo da ANP mostra a redução significativa do vazamento entre 11 de novembro e 16 de novembro.

Com informações de agências