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Câmara homenageia Dia de Combate à Violência contra a Mulher

“Quem ama ajuda/ Quem ama abraça/ Dá carinho e dá valor”, diz a música apresentada na abertura da sessão alusiva ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher na tarde desta sexta-feira (25), na Câmara dos Deputados. A sessão, convocada pelo deputado Vicentinho (PT-SP), foi esvaziada em função do dia, quando os parlamentares já voltaram para seus estados de origem. Ao longo dessa semana, as parlamentares fizeram discursos sobre a data.

A deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) discursou sobre o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher na quinta-feira (24), destacando que “nossa realidade aponta que 11% das brasileiras, com 15 anos ou mais, já foram vítimas de espancamento. Em 56% desses casos, o marido ou o companheiro é o responsável. A cada cinco mulheres, uma já foi agredida pelo menos uma vez e mais da metade das vítimas não procura ajuda”.

Os dados – originários de pesquisa da Fundação Perseu Abramo, divulgada pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres (SPM), segundo a deputada, “são desanimadores, mas nossa esperança renova-se quando percebemos que a política de combate à violência contra a mulher tem apresentado recentes avanços por parte do Governo, por parte da sociedade organizada”.

Em Brasília, a sociedade organizada promoveu, nesta sexta-feira, um ato público em frente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, durante a primeira audiência de julgamento do ex-professor Rendrik Vieira Rodrigues, assassino confesso da estudante de direito Suênia Sousa Faria, 24 anos, morta com três tiros em setembro desse ano, em Brasília.

O ato público pela condenação de Rendrik é uma das atividades da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Essa é a 20ª edição da Campanha que acontece simultaneamente em 159 países.

16 Dias de Ativismo

A data de 25 de Novembro, que abre a Campanha, foi estabelecida no Primeiro Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal.

Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal (Patria, Minerva e Maria Teresa), foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo, em 25 de novembro de 1960, na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e assassinadas por agentes do governo militar.

A Campanha tem início no dia 25 de novembro e vai até o dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. Já a Campanha brasileira tem início no dia 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.

Outras datas que integram a campanha são o dia 1º de dezembro – Dia Mundial de Combate à Aids e o dia 6 de dezembro – Dia do massacre de Mulheres de Montreal, data que incentivou a criação da Campanha Mundial do Laço Branco no Brasil e Dia Nacional de Luta dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

De Brasília
Márcia Xavier