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Colômbia: Governo ataca antes da libertação de prisioneiros

O coletivo Colombianas e Colombianos pela Paz revelou uma carta da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na qual estas anunciavam a libertação unilateral de seis prisioneiros. A iniciativa terminou em tragédia após uma operação levada a cabo este fim-de-semana pelo exército colombiano.

A iniciativa, comunicada à organização a 25 de Novembro, e destinada a fomentar o intercâmbio humanitário e o diálogo como solução para o conflito no país, terminou em tragédia após uma operação levada a cabo este fim-de-semana pelo exército colombiano e a morte de quatro dos militares e polícias em cativeiro.

A morte dos prisioneiros é atribuída pelo governo de Juan Manuel Santos às FARC, mas as circunstâncias ainda não foram totalmente esclarecidas. Um dos militares presos logrou escapar, ao passo que sobre o pretenso sexto prisioneiro de guerr referido pela guerrilha não existem informações.

A libertação dos seis indivíduos estava em negociação entre a organização armada e a Colombianas e Colombianos pela Paz (CCP) desde agosto, revelou também a estrutura civil.

Apesar do assassinato do responsável político-militar das FARC, Alfonso Cano, em 4 de novembro, o intercâmbio unilateral foi mantido pela guerrilha, cumprindo, aliás, a firme convicção do comandante no objetivo de encetar negociações e na demonstração dessa vontade com ações humanitárias, adianta igualmente a CCP.

A libertação dos prisioneiros terá sido, assim, prosseguida por decisão do secretariado e do atual primeiro secretário da organização, Rodrigo Echeverri, conhecido como Timoleón Jiménez ou Timotchenko, o que demonstra que as FARC prosseguem inabaláveis no objetivo de negociar.

Alguns familiares das vítimas já vieram a público criticar o governo pela operação militar, realizada enquanto se ultimavam as condições objetivas para a libertação unilateral dos prisioneiros.

Com informações do "Avante!"