Egito protesta contra militares e aguarda resultado de eleições
Milhares de egípcios começaram a se mobilizar nesta sexta-feira (02) para exigir um governo de unidade alheio aos desígnios da Junta Militar, enquanto aguardam com expectativa os resultados da primeira fase das eleições parlamentares. O protesto tem como intenção pressionar o Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) para que acelerem a transferência de poder a uma unidade civil escolhida pelos cidadãos.
Publicado 02/12/2011 11:16
As manifestações ocorrem em homenagem aos “heróis e vítimas da rua Mohamed Mahmoud”, que fica próxima à Praça Tahrir, onde foi registrada a maior repressão policial que matou ao menos 42 pessoas em cinco dias. E é também uma homenagem póstuma a “todas aquelas pessoas assassinadas no Egito, incluindo cristãos e mulçumanos, desde que o CSFA assumiu o poder em fevereiro”.
A composição exata dos membros do Parlamento só será conhecida quando processo eleitoral do Egito for encerrado, em janeiro.
O novo legislativo poderá desafiar o poder dos generais que assumiram o poder em fevereiro, depois que uma revolta popular derrubou o então presidente Hosni Mubarak, ex-comandante da força aérea. Os egípcios, que estão votando pela primeira vez desde que oficiais do Exército derrubaram o rei em 1952.
Dados preliminares e extraoficiais apontam que os principais partidos islâmicos, Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade Muçulmana) e El-Nour (de tendência salafista – movimento que surgiu no país no final do século 19 com o objetivo primário de reformar a doutrina islâmica de forma a adaptá-la aos novos tempos), poderiam ganhar um grande número de assentos na futura Assembleia do Povo.
Com informações da Prensa Latina