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Analistas reduzem projeção da inflação em 2012

A estimativa de analistas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2011, subiu pela segunda semana seguida e voltou a ficar no teto da meta — 6,5%. A projeção anterior era 6,49%. Para 2012, a projeção caiu de 5,56% para 5,49%, 0,99 ponto percentual acima do centro da meta de inflação (4,5%).

Os dados estão no boletim Focus, do Banco Central (BC). A publicação é elaborada com base em estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia. As alterações na taxa básica de juros, a Selic — que atualmente está em 11% ao ano — são o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição decidiu reduzir a taxa, mais uma vez, em 0,5 ponto percentual. Nas reuniões de agosto e outubro, o BC também fez cortes de 0,5 ponto percentual, depois de elevar a Selic em 1,75 ponto percentual, nas reuniões de janeiro a julho.

Novos ajustes na taxa só serão feitos no próximo ano, quando o Copom voltará a se reunir. Para o final de 2012, os analistas reduziram a projeção para a Selic de 10% para 9,75% ao ano.

A pesquisa do BC também traz estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que subiu de 5,59% para 5,68%, neste ano, e de 5,17% para 5,18%, em 2012.

A expectativa para o Índice Geral de Preços — Disponibilidade Interna (IGP-DI), em 2011, foi mantida em 5,75%, este ano, e em 5,24%, em 2012. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), neste ano, a projeção passou de 5,73% para 5,75%. No caso de 2012, a previsão permanece em 5,29%.

A estimativa dos analistas para os preços administrados foi mantida em 6%, neste ano, e em 4,5%, no próximo. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.

Crescimento da economia

Já a estimativa para o crescimento da economia – Produto Interno Bruto (PIB) – foi ajustada de 3,1% para 3,09%, para este ano, e de 3,46% para 3,48%, em 2012.

A expectativa para o crescimento da produção industrial, neste ano, diminuiu de 1,33% para 0,94%, na quinta queda consecutiva. Para 2012, a projeção passou de 3,5% para 3,46%, a quarta redução seguida.

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB foi ajustada de 38,6% para 38,5%, em 2011, e permanece em 38%, em 2012.

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 1,75 para R$ 1,79, para o final de 2011, e continua em R$ 1,75 no próximo ano. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) passou de US$ 28,22 bilhões para US$ 28,7 bilhões, neste ano, e permanece em US$ 17 bilhões, em 2012.

Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa passou de US$ 54,72 bilhões para US$ 54,53 bilhões, em 2011, e de US$ 68,46 bilhões para US$ 68,15 bilhões, no próximo ano.

A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 60 bilhões, neste ano, e ajustada de US$ 55 bilhões para US$ 54 bilhões, em 2012.

Fonte: Agência Brasil