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Suprema Corte britânica decidirá se Assange deve ser extraditado

O Tribunal Superior de Londres autorizou nesta segunda-feira (05) o fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, a recorrer à Corte Suprema contra sua extradição para a Suécia, país que o reivindica por supostos crimes sexuais.

A Procuradoria sueca acusa o fundador do WikiLeaks de três delitos de agressão sexual e um de estupro após a denúncia de duas mulheres, que afirmaram que os incidentes ocorreram em agosto de 2010.

No entanto, Assange diz que o processo esconde razões políticas, já que o portal revelou documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos.

Os juízes do Tribunal Superior consideraram nesta segunda que o caso de Assange é de "importância pública" e que deve ser atendido pela máxima instância judicial britânica "o mais rápido possível".

Assange, que na próxima quarta-feira cumprirá um ano de detenção em Londres, compareceu ao Tribunal Superior com o objetivo de solicitar a permissão para apelar ao Supremo.

Em novembro, o Tribunal Superior rejeitou o recurso de Assange contra a decisão do juiz Howard Riddle, do tribunal de Belmarsh, no sul de Londres, que havia autorizado em dezembro de 2010 sua entrega à Suécia.

A defesa de Assange alegou que sua extradição seria "injusta e ilegítima" e opinou que o processo judicial foi influenciado pelos Estados Unidos, o país mais prejudicado pela publicação de conversas confidenciais em seu portal.

O WikiLeaks revelou durante meses milhares de documentos confidenciais das embaixadas dos EUA, publicados em vários jornais, o que provocou a reação do Governo desse país e de muitos outros, que se viram comprometidos pelo conteúdo dos vazamentos.

Assange vive há meses em uma mansão no leste da Inglaterra como parte de suas condições de liberdade condicional.

Fonte: Efe