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Candidatura de Villepin causa alvoroço na França

A confirmação da candidatura do ex-primeiro ministro Dominique de Villepin à presidência francesa causou polêmica nesta segunda-feira na França, mesmo que suas possibilidades reais de eleição sejam bastante remotas.

Villepin foi ministro de Relações Exteriores, do Interior e depois chefe de governo durante o segundo mandato do presidente Jacques Chirac (1995-2007).

O dirigente político, de 58 anos, viu frustrada sua possibilidade de aspirar à presidência em 2007 quando o atual presidente, Nicolás Sarkozy, o acusou de tentar envolvê-lo em uma falsa listagem de pessoas que se beneficiaram de comissões ilegais.

Ainda que as pesquisas atribuam a Villepin apenas um por cento da intenção de voto, analistas acreditam que só a sua candidatura poderia dividir os votos de Sarkozy e favorecer o candidato do Partido Socialista (PS), François Hollande.

Depois de revelada a intenção da candidatura, membros da União por um Movimento Popular (UMP), na situação, conclamaram Villepin a retirar sua candidatura.

Nadine Morano, ministra de Formação Profissional e Aprendizagem e encarregada das eleições na UMP, considerou que "neste momento de grave crise, lançar uma oferta sozinho é perigoso" e disse que "o interesse da França é se unir ao redor do presidente".

Por sua vez, a secretária-geral adjunta da UMP, Valérie Rosso-Debord, disse que só uma "forte união" da direita e do centro lhes permitirá estar em posição de vencer as eleições de 2012.

A última pesquisa publicada em Paris mantém Hollande à frente nas intenções de voto com 32% e Sarkozy em segundo lugar, com 25,5%.

Até o momento existem 14 aspirantes à presidência da França, mas se estima que ao menos cinco ou seis deles não reunirão os requisitos legais indispensáveis para inscrever oficialmente sua candidatura.

Com informações da Prensa Latina