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Militar colombiano deporá por acusação de laços com paramilitares

O ex-comandante-geral do Exército colombiano Mario Montoya depõe nesta segunda-feira (19) na Promotoria da Colômbia sobre supostos laços com grupos paramilitares, nos quais ao que parece se apoiou para uma operação em 2002.

Montoya responderá sobre detalhes da chamada operação Orión, realizada entre 16 e 19 de outubro de 2002 em bairros da Comuna 13 em Medellín, capital do departamento de Antioquia.

A ação tinha por objetivo desmantelar supostas estruturas da guerrilha que supostamente operavam nessa localidade. Depois dela foram noticiadas várias mortes, abusos, detenções arbitrárias e desaparecimentos.

Nessa operação armada participaram unidades especializadas do Exército, a Polícia, o já extinto Departamento Administrativo de Segurança (DAS, a polícia secreta) e do Corpo Técnico de Investigações da Promotoria.

No entanto, ao que parece Montoya estabeleceu uma aliança com a força fascista das Autodefesas Unidas de Colômbia (AUC), para que fizessem parte do corpo de operações.

Diego Fernando Murillo, conhecido por Dom Berna e extraditado ex-chefe das AUC, assegurou em declarações dadas aos advogados que a ação na Comuna 13 foi efetuada com o apoio do grupo paramilitar.

Segundo sua versão, os paramilitares foram a essa localidade e agiram como parte de uma aliança com a 4ª Brigada do Exército, sob o comando na ocasião do general Montoya, e com o general da Polícia Nacional da época, Leonardo Galego.

Murillo Inclusive assegurou que foi atribuida uma equipe da Unidade Especial Antissequestro (Gaula) como apoio ao comando das AUC na operação Orión.

Fonte: Prensa Latina