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Índia e Paquistão conversam sobre armas nucleares

A Índia e o Paquistão retomarão a partir de hoje em Islamabad, capital paquistanesa, as conversas sobre armas nucleares e convencionais, como parte do atual processo de diálogo e reconstrução das medidas de confiança mútua.

A reunião será a primeira em mais de quatro anos que celebra o Grupo de Trabalho Conjunto sobre a matéria, ainda que nos últimos meses os respectivos secretários de Relações Exteriores e outros servidores públicos de alto nível mantiveram contato sobre o tema.

As partes vistoriarão as medidas de controle e segurança sobre as quais estabeleceram acordos sobre suas armas atômicas e convencionais, incluído o programa de desenvolvimento e lançamento de mísseis capazes de portar cargas nucleares.

Como a Índia e o Paquistão são membros do clube de potências nucleares, a região e o resto do mundo recebem qualquer anúncio nesse sentido tanto com alívio ou como preocupação, quando as relações entre ambas nações se complicam.

Em março passado, Nova Delhi ratificou sua doutrina defensiva com respeito às armas atômicas, que consiste em não usar este tipo de armamento em primeiro lugar no caso de um conflito bélico com outra potência, a menos que o inimigo empregue armas químicas ou biológicas.

Fontes diplomáticas indicaram em Islamabad que, como parte de seus esforços em obter tecnologia nuclear civil e receber cooperação da Índia nesse domínio, o Paquistão tentará incluir o tema na agenda desta próxima reunião.

Durante o encontro de dois dias, também será levado em consideração a possibilidade de diminuir a concentração de armas convencionais ao longo da Linha de Controle que divide a região do Estado de Caxemira, motivo de duas das três guerras entre ambos países desde sua independência em 1947.

Como parte do atual processo de entendimento, as duas nações têm adotado diversas medidas para fomentar o comércio e o livre trânsito de pessoas nesse território.

Islamabad e Nova Delhi voltaram à mesa de diálogo no início de 2011, depois de uma interrupção provocada pelos atentados terroristas à cidade de Mumbai, em novembro do 2008, que a Índia atribuiu a um grupo radical islamista com base no Paquistão.

Com informações da Prensa Latina