Rafael Correa: Equador vive período de consolidação democrática

Os que não estão de acordo (com o governo) são os poderes, certos meios de comunicação e os poderes econômicos, indicou Correia em entrevista ao diário El Comercio depois de lembrar que nunca antes se falou em polarização do país.

“Quando saíram dois milhões de emigrantes do Equador, não se falou em polarização da sociedade”, disse com ironia. “Não estava polarizada a sociedade quando os governos tinham 15% de apoio popular e 85% estavam contra?”, perguntou.

Apenas agora, ressaltou Correia, que o governo tem 80% de apoio popular e 20% se pronunciam contra, é que se fala em um país polarizado.

Garantiu que seu governo está aberto ao diálogo, sempre. “Que não se busquem consensos ocos e diálogos surdos”, disse. E destacou a boa relação existente entre o presidente e o vice-presidente, quando antes sempre existiram brigas.

Acrescentou que, para além de certos problemas, a situação entre os poderes Executivo e Legislativo é positiva e não tem nada a ver com as antigas brigas que existia antes entre o governo e o Congresso.

Ele lembrou também que, pela primeira vez em muito tempo, o Comando Conjunto das Forças Armadas tem estabilidade e praticamente cumpre o período de dois anos estabelecidos na Constituição.

Então, reforçou, “há claros sinais de consolidação da democracia e do Estado de Direito, mas como há uma minoria que não está de acordo e que sempre formou a opinião pública e teve o poder, então dizem que a sociedade está polarizada”.

Ao aproximarem-se os cinco anos de Revolução Cidadã, no próximo dia 15 de janeiro, destacou entre suas maiores conquistas a modificação das relações de poder para levar adiante a transformação das estruturas do Estado. No entanto, admitiu que falta muito para ser feito em transformações culturais, cujo processo é substancial para promover o desenvolvimento do país, cuja chave é a cultura da excelência.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Da Redação do Vermelho